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O poeta Antonio Machado
Todo pasa y todo queda Pero lo nuestro es pasar Pasar haciendo caminos Caminos sobre la mar
Nunca perseguí la gloria Ni dejar en la memoria De los hombres mi canción Yo amo los mundos sutiles Ingrávidos y gentiles Como pompas de jabón
Me gusta verlos pintarse de sol y grana Volar bajo el cielo azul Temblar súbitamente y quebrarse Nunca perseguí la gloria Caminante son tus huellas el camino y nada más Caminante, no hay camino se hace camino al andar
Al andar se hace camino Y al volver la vista atrás Se ve la senda que nunca Se ha de volver a pisar Caminante no hay camino sino estelas en la mar
Hace algún tiempo en ese lugar Donde hoy los bosques se visten de espinos Se oyó la voz de un poeta gritar Caminante no hay camino, se hace camino al andar
Golpe a golpe, verso a verso Murió el poeta lejos del hogar Le cubre el polvo de un país vecino Al alejarse, le vieron llorar “Caminante, no hay camino, se hace camino al andar”
Golpe a golpe, verso a verso Cuando el jilguero no puede cantar Cuando el poeta es un peregrino Cuando de nada nos sirve rezar Caminante no hay camino, se hace camino al andar
Golpe a golpe, verso a verso
(Tradução de Maria Teresa Almeida Pina)
. Tudo passa e tudo fica porém o nosso é passar, passar fazendo caminhos caminhos sobre o mar
Nunca persegui a glória nem deixar na memória dos homens minha canção eu amo os mundos sutis leves e gentis, como bolhas de sabão
Gosto de ver-los pintar-se de sol e grená, voar abaixo o céu azul, tremer subitamente e quebrar-se…
Nunca persegui a glória
Caminhante, são tuas pegadas o caminho e nada mais; caminhante, não há caminho, se faz caminho ao andar
Ao andar se faz caminho e ao voltar a vista atrás se vê a senda que nunca se há de voltar a pisar
Caminhante não há caminho senão há marcas no mar…
Faz algum tempo neste lugar onde hoje os bosques se vestem de espinhos se ouviu a voz de um poeta gritar “Caminhante não há caminho, se faz caminho ao andar”…
Golpe a golpe, verso a verso…
Morreu o poeta longe do lar cobre-lhe o pó de um país vizinho. Ao afastar-se lhe viram chorar “Caminhante não há caminho, se faz caminho ao andar…”
Quando o pintassilgo não pode cantar. Quando o poeta é um peregrino. Quando de nada nos serve rezar. “Caminhante não há caminho, se faz caminho ao andar…”
Golpe a golpe, verso a verso.
(Tradução de Maria Teresa Almeida Pina*)
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