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Estátua de Cora Coralina na frente do Museu que leva seu nome, em Goiás – Foto: divulgação
e canto como ninguem. Canto as pedras, canto as águas, as lavadeiras, também.
Cantei um velho quintal com murada de pedra. Cantei um portão alto com escada caída.
Cantei a casinha velha de velha pobrezinha. Cantei colcha furada estendida no lajedo; muito sentida, pedi remendos pra ela. Cantei mulher da vida conformando a vida dela.
Cantei ouro enterrado querendo desenterrá. cantei cidade largada. Cantei burro de cangalha com lenha despejada. Cantei vacas pastando no largo tombado.
Agora vai se acabando Esta minha versejada. Boto escoras nos serados Por aqui vou ficando.”
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