Brasil já tem pelo menos 24 milhões de gatos domésticos – Arquivo/EBC
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Para celebrar o Dia Mundial do Gato, comemorado em 17 de fevereiro, crianças de diversas regiões do país contam como é ter um bichano como companheiro. Com dicas de cuidados, brincadeiras e adoção responsável, a edição de hoje (16) do Radinho BdF traz curiosidades sobre os gatos e relembra personagens clássicos inspirados nos nossos felinos de estimação.
Cada vez mais pessoas têm adotado gatos como membros da família. Já são 24 milhões deles no Brasil, segundo um estudo da Associação Brasileira da Indústria de Produção para Animais de Estimação (Abinpet).
“Eu tenho gatinho há quatro semanas. Eu ganhei de uma parente nossa que tinha muitos gatos. Ele é muito meu companheirinho, quando eu saio, minha mãe me disse que ele fica miando, porque ele gosta muito de mim”, contou Gabriel da Silva, que tem 12 anos e mora em Ubiratã (PR).
Os cachorros ainda são maioria, mas o número de pessoas que escolhem os gatos têm aumentado a cada ano. Ao todo, 14 milhões de lares têm pelo menos um gato, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019.
Pela sua personalidade, eles são ótimas companhias para crianças, que de quebra aprendem no cuidado a ter responsabilidade, dividir tarefas e a demonstrar sentimentos.
. Apesar de serem animais domésticos, que convivem muito bem com crianças e adultos, os gatos são parentes próximos dos grandes felinos, como o leão, o tigre, a onça, a chita e tantos outros animais muito ágeis, rápidos e inteligentes.
No mundo existem 38 espécies de felinos, mas esse número já foi maior. Algumas dessas espécies foram extintas ao longo da história, como o tigre dente de sabre e o leão das cavernas.
Os gatos domésticos, apesar de serem pequenos, carinhosos e de conviverem muito bem com as pessoas, guardam várias características dos seus primos selvagens. Eles são muito ágeis, adoram escalar e pular e são ótimos caçadores.
Outra característica dos gatos é que eles são mais ativos durante a noite, quando gostam de brincar e até sair para passear.
“Aqui em casa nós temos 10 gatos. Alguns nasceram aqui, outros a gente encontrou na rua da frente. Eles vivem no pátio de casa, no nosso quintal e não são de ir para a rua. São gatos de casa. Todo eles têm nome e já fazem parte da nossa família, todos os 10”, contou Bruno Kuá, que tem 10 anos e mora em Parintins (AM).
Ao todo, 14 milhões de lares têm pelo menos um gato no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde / Arquivo/EBC
. Esses bichanos espertos e curiosos convivem há milhares de anos com crianças e adultos humanos. Alguns pesquisadores acreditam que os gatos estão lado a lado com as pessoas há pelo menos 10 mil anos. E foram eles que escolheram se aproximar de nós – ou dos roedores que faziam um banquete nas plantações de alimentos.
E aí começou uma amizade que dura até hoje e que teve muitas fases. No Egito Antigo, por exemplo, muitos acreditavam alguns deuses vinham para a Terra como gatos.
Com o passar do tempo, os bichanos acabaram ganhando outros papéis. Na Idade Média, alguns grupos acreditavam que eles traziam má sorte ou que eram bruxas más disfarçadas.
Até hoje os bichanos ainda sofrem preconceitos e existem casos de maus tratos de gatos, o que é um crime no Brasil.
“Quando eu vejo um gatinho abandonada rua eu fico com vontade de trazer ele para casa e dar comida e muito. Tenho vontade de adotar todos”, diz Maria Clara Canário, que tem 7 anos, mora em São Paulo e é tutora de dois gatos: o Petrucio e o Mingau. “Quando a gente põe comida para eles, meu pai precisa até segurar o Mingau, porque ele sai comento tudo que nem um furacão”.
Crianças e adultos podem evitar que isso ocorra. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) possuí um telefone gratuito para concentrar e encaminhar essas ocorrências. O número é 0800 61 8080.
Ao contrário dos cachorros, que ainda são muito valorizados pela raça, grande parte dos gatos não tem raça definida e são igualmente lindos, carinhosos e espertos. A maior parte deles não são comprados, mas adotados. Esta, inclusive, é uma ótima maneira de dar uma família para um companheiro que antes não tinha cuidado.
Quem ficou interessado pode procurar no município onde mora por organizações não governamentais que acolhem, tratam e encaminham gatos para novas famílias. Além de adotar é possível desenvolver trabalhos voluntários com as crianças, que podem brincar e cuidar dos animais.
“O Petrucio foi achado em uma caçamba de lixo pro um casal de veterinários. Já o Mingau morava com um senhor que tinha muitos gatos. A gente conversou com ele e adotamos”, lembrou Maria Clara.
Aqueles que estiverem decididos a adotar devem lembrar de alguns pontos importantes, afinal ter um gato em casa não é só brincadeira. Eles ficarão com a família por, em média, 15 anos, precisando de cuidados, carinho e muita amizade.
Os gatos são animais tão carismáticos e queridos que já ganharam papéis principais em filmes, desenhos e gibis. O Radinho BdF relembra alguns dos felinos famosos mais marcantes, como o Garfield, o gato preguiçoso, cor de laranja e que ama lasanha.
E quem não se lembra do Gato Félix, com sua bolsa mágica amarela, na qual cabe de tudo? Ou do Tom, sempre atrás do seu parceiro Jerry? Ou mesmo do Mingau, gatinho branco da Magali, da Turma da Mônica?
Música, brincadeira e muita diversão!
Por enxergarem não bem no escuro, os gatos inspiraram uma brincadeira que ultrapassa gerações: Gato Mia! Quem tem um jeito todo especial de brincar é a pedagoga Laura Amorim, que adora praticar com suas filhas.
Na hora da história, crianças e adultos podem conhecer e relembrar a amizade especial dos Músicos de Bremen. Quem conta esse clássico da literatura é a educadora e agente cultural Daniela Gaspar.
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