A chipa é considerada Patrimônio Cultural do Paraguai – Foto: jornal UH
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A chipa é um alimento elaborado no Paraguai a partir de uma receita tradicional que segue praticamente intacta. Apreciadíssima em todo o território daquele país, a chipa também tem espaço nobre na mesa dos vizinhos da América do Sul. Também produzida e principalmente degustada em outros países do Mercosul, especialmente na Argentina e no Brasil.
Uma lei nacional estabeleceu a segunda sexta-feira do mês de agosto como o Dia Nacional da Chipa, no Paraguai. A saborosa massa, moldada e assada a partir da fórmula imbatível de polvilho e queijo, é catalogada como “o pão que está em todos os momentos da religiosidade paraguaia” pela historiadora e especialista em Antropologia da Culinária daquele país, Margarita Miró Ibars.
Segundo estudos paraguaios, a chipa é um alimento que tem pitada jesuítica, considerando-se que sua criação fundamental é atribuída aos Guarani. Após a chegada dos espanhóis às terras meridionais da América do Sul, notaram que o povo Guarani já preparava tortas e pães utilizando polvilho.
Ao se introduzir o gado leiteiro, porcos e aves poedeiras, trazido pelos europeus, a alimentação guarani foi acrescida de ingredientes como leite, queijo, banha de porco e ovos. Neste contexto, provavelmente, pode ter surgido a receita básica da chipa que conhecemos. E, a partir disso, variações saborosíssimas como a “chipa mestiça”, que adiciona ao polvilho, milho; chipa so’o (recheada de carne bovina), a exótica chipa manduvi (com amendoim), a chipa piru (magra, sem a utilização de banha) e outras com ingredientes, tamanhos e formas diferentes.
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