Esta semana o Cineclube Oficina Clandestina dá partida ao Ciclo Sul Coreano de Cinema apresentando “Em Chamas”, drama dirigido por Lee Chang-dong . Nas próximas quintas de abril, sempre às 20h, também será assim no Sudacas Bar: sessão de filme sul coreano e debate complementar. A entrada é gratuita e o chamamento é geral.
“O Cineclube Oficina Clandestina é um espaço de exibição, difusão e discussão sobre o cinema que não chega em Foz do Iguaçu”, explica Maurício Ferreira, um dos organizadores do Ciclo de filmes sul coreanos. Prestigiar as programações como esta é ampliar as possibilidades de filmes de qualidade serem cada vez mais vistos pelos iguaçuenses.
Pouco conhecida na maior parte das salas de projeções do interior brasileiro, a produção cinematográfica sul coreana merece bem mais do que apenas ser dispensada. “Para os cinéfilos de plantão não há alegria maior do que a notícia de que um filme sul-coreano será lançado. Sim, a Coreia está para filmes assim como a França para vinhos”, afirma Ferreira.
Se o leitor não acredita, a oportunidade de experimentar tal qualidade está dada. Basta se organizar e seguir acompanhar o Cineclube Oficina Clandestina. A programação começa no dia 4 e segue até o dia 25. Assim, toda quinta a noite, você terá contato com alguns nomes desse importante centro de produção do Cinema da Ásia Oriental.
Este filme foi considerado um dos trabalhos mais importantes do Festival de Cannes ao longo de suas 72 edições. Ganhou o grande prêmio da crítica com a maior pontuação já registrada na história do evento. E, não por menos, figura e aquece os corações no top list de melhor filme de muitos cineastas e entusiastas por aí. – Ainda precisa de sinopse? Sim! Precisa…
Sinopse – Durante um dia normal de trabalho como entregador, Jong-soo reencontra Hae-mi, uma antiga amiga que vivia no mesmo bairro que ele. A jovem está com uma viagem marcada para o exterior e pede para Jong-soo cuidar de seu gato de estimação enquanto está longe. Hae-mi volta para casa na companhia de Ben, um jovem misterioso que conheceu na África.
Quem não conhece as obras de Joon é porque não juntou as obras à pessoa. No currículo, mais de 10 longas, depois de “Memórias”, sua obra prima, ainda realizou os grandes filmes “Mother – em busca da verdade” (2009); “Expresso do Amanhã” (2013) e “Okja” (2017) que foi muito bem recebido pela crítica e produzido pela “grande mãe” Netflix.
Sinopse – Baseado em fatos reais. Uma série de assassinatos chocam a Coreia do Sul entre 1986 e 1991, época de ditadura militar. Em uma cidade do interior, policiais despreparados e sem recursos recebem ajuda de investigador de Seul (com quem não se entendem) para tentar conter serial-killer que ataca mulheres vestidas de vermelho, em noites de chuva, durante o toque de recolher..
Tratando-se de poesia visual, pode-se dizer que desta lista de filmes Sang-Soo assume com satisfação esse critério – mas não tão alto quanto Kim ki duk que ficou de fora desta vez -. Com mais de 26 longas nas “costas” seus filmes passam a criar um entorno mais artístico, poético e humano a partir de “Certo agora, errado antes’ (2015) – considerado um dos melhores filmes daquele ano. E tem se esforçado cada ano mais – tem lançado ao menos um filme por ano – para tratar e observar questões banais e cotidianas cada vez mais com afeto e sensibilidade.
Sinopse – Em uma pequena cafeteria uma convidada prefere observar, mas não interagir com os outros.
Para finalizar, outra obra do mestre Chan-wook Park, o aclamado diretor do clássico “Old Boy” – um dos melhores filmes daquele ano, pra variar – e demais trilogias da vingança! A Criada é mais do que um filme, é uma aula de direção e roteiro!
Serviço:Ciclo de Cinema Sul CoreanoPromoção: Cineclube Oficina ClandestinaDe 4 a 25 de abril (semanalmente, às quintas)Local: Sudacas Bar – Avenida Republica Argentina, 1106, Foz do IguaçuEntrada gratuita
____________________________Guatá com Oficina Clandestina
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