Foto: Promotoras Legais da Fronteira/Divulgação
. Segue até 25 de agosto o prazo de inscrição ao 3.º Curso de Promotoras Legais Populares da Fronteira. A iniciativa é promovida pela Associação de Promotoras Legais da Fronteira Trinacional (APLFT), com o objetivo de levar às mulheres de diferentes classes sociais, raças e opções sexuais um debate horizontal sobre as inúmeras formas de violência, além do funcionamento dos equipamentos responsáveis pelo atendimento à mulher na fronteira.
O curso é gratuito, com a disponibilização de material didático e certificado para as alunas que concluírem 80% da carga horária exigida. As inscrições poderão ser feitas com preenchimento on-line do formulário, disponível no link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSev6Bjl9ZIAijy9Lff3FiJzHa9cfM93oGTDqnSiAI2Z8eUsPg/viewform?usp=sf_link.
A aula inaugural está agendada para o dia 30 de agosto, e as atividades se estendem aos meses de setembro, outubro e novembro. O curso dá ênfase ao trabalho feito em Foz, mas é aberto a mulheres de outras cidades da fronteira trinacional (Ciudad del Este e Puerto Iguazú), com as aulas e atividades acontecendo em horários e locais variados.
Haverá visitas a espaços como o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, a Delegacia da Mulher, entre outros locais. Os encontros teóricos serão aos sábados, em local a ser definido.
Retorno das atividades
Apesar de existir há mais de 25 anos em diferentes estados brasileiros, em Foz do Iguaçu o projeto das Promotoras Legais Populares ainda está dando os seus primeiros passos. Em 2019, a primeira turma foi organizada com apoio da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).
Com a pandemia, em 2020 foi aberta uma turma on-line, porém não houve continuidade da formação em 2021.
Para este ano, o curso prevê atividades que contemplam a mobilização social das mulheres. A inclusão de metodologias ativas visa a estimular as alunas a, desde o princípio do curso, estar em permanente processo de mobilização, seja denunciando os casos de violência ou demandando políticas públicas que ofereçam serviços específicos ao público feminino.
Panorama
Apesar dos avanços dos últimos anos, da criação da Lei Maria da Penha, em 2006, da Lei do Feminicídio, em 2015, entre outras iniciativas, e da maior conscientização da sociedade sobre os direitos e a situação das mulheres, os casos de violência ainda são expressivos no Brasil.
Danielle Araújo, coordenadora do 3.º Curso de Promotoras Legais Populares da Fronteira, explica que “tudo leva a crer que à medida que as mulheres se impõem frente à violência machista e patriarcal, tão arraigada na sociedade brasileira, a violência explode como tentativa de frear os avanços”. A também coordenadora Sirley Vargas complementa: “Para seguirmos avançando e rompendo barreiras, é essencial que as mulheres, de forma organizada e coletiva, criem instâncias populares que combatam a violência.”
Mais informações sobre o curso podem ser obtidas pelo telefone (45) 99978-7393 ou (45) 99933-1180.
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