Daniel Munduruku e Roger Mello são indicados ao Prêmio Alma 2025

Roger Mello e Daniel Mundukuru, indicados ao Prêmio Alma | © Franciele de Oliveira, Arquivo pessoal

 

Os brasileiros Roger Mello e Daniel Munduruku estão entre os indicados do Prêmio Alma 2025 (Astrid Lindgren Memorial Award), prêmio literário sueco reconhece escritores, ilustradores, organizações e outras personalidades que se dedicam à promoção do livro e da leitura para crianças e jovens em todo o mundo. Esta é a décima indicação de Roger e a primeira de Daniel.

Um total de 265 candidatos de 72 países e regiões foram indicados, incluindo 81 indicações inéditas. O vencedor será anunciado no dia 1º de abril de 2025.

Entre outros concorrentes, estão Inés Garland (Argentina), Yolanda Reyes (Colômbia), Teresa Cárdenas (Cuba) e Axel Scheffler (Alemanha/Reino Unido).

O prêmio global é atribuído anualmente para uma pessoa ou organização, com um prêmio de cinco milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,6 milhões), o maior do mundo dessa espécie. Sobretudo, o prêmio destaca a importância da leitura, hoje e para as futuras gerações.

O Astrid Lindgren Memorial Award foi criado em 2002 pelo governo sueco para promover o direito de toda criança acessar boas histórias.

Os indicados brasileiros

Roger já ilustrou mais de 100 livros – 22 dos quais ele também escreveu – e seu estilo único e hábil senso de cor continuam a ampliar os limites da ilustração de livros infantis. Em vez de depender da narrativa escrita para contar a história, Mello convida seus jovens leitores a preencherem as lacunas com a imaginação.

Roger também já ganhou vários prêmios por escrever e ilustrar obras infantis, incluindo dez Prêmios Jabuti, três prêmios Luis Jardim do IBBY e o prêmio Hans Christian Andersen de 2014. Em 2018, você não pode ter muito cuidado! foi nomeado Livro de Honra Batchelder pela American Library Association.

Daniel Munduruku nasceu em Belém (PA), filho do povo Indígena Munduruku. Formado em Filosofia, com licenciatura em História e Psicologia, integrou o programa de Pós-Graduação em Antropologia Social na USP. Lecionou durante dez anos e atuou como educador social de rua pela Pastoral do Menor de São Paulo. Esteve em vários países da Europa, participando de conferências e ministrando oficinas culturais para crianças.

Autor de diversos livros recomendados com a Menção de livro Altamente Recomendável pela FNLIJ, seu livro Meu avô Apolinário (Studio Nobel) foi escolhido pela Unesco para receber Menção honrosa no Prêmio Literatura para crianças e Jovens na questão da tolerância. Entre outras atividades, participa ativamente de palestras e seminários destacando o papel da cultura indígena na formação da sociedade brasileira. Diversas de suas obras são publicadas pela Global Editora.

De Publishnews