Ilustração Kika Carvalho
Começa nesta sexta-feira (15) e se estende ate o dia 31 a edição de 2021 do Sesc Jazz, evento que reúne grandes nomes do gênero em shows nas unidades do Sesc, em São Paulo. Neste ano, o festival será em formato híbrido com apresentações presenciais e virtuais.
A programação presencial conta com mais de 20 apresentações espalhadas pelas unidades paulistanas do Sesc. O evento acontece até o dia 31 de outubro e ainda traz uma mostra audiovisual sobre o jazz junto com ações formativas. O destaque fica para os músicos convidados como Amaro Freitas, Hamilton de Holanda, Funmilayo Afrobeat Orchestra, The Otis Project entre outros. A programação completa está disponível no site oficial do evento.
Na programação virtual, além de algumas apresentações, também estão previstas ações formativas, webséries, cinema com uma mostra audiovisual sobre o jazz e apresentações do acervo do Sesc São Paulo.
Gabi Guedes por Kika Carvalho (Imagens: divulgação)
O artista-pesquisador intermídia, ensaísta e editor Ricardo Aleixo participa da programação “Textos Jazzpóricos” com o poema visual “Jazzpora” criado há mais de dez anos e grafado em 2016 nas paredes da Casa-Ateliê do artista. O poema estará disponível para público mais amplo através das encruzilhadas que propiciaram um encontro entre este trabalho e a proposta curatorial homônima do Sesc Jazz.
Na coleção Jazz na Plataforma, os organizadores disponibilizam uma mostra da diversidade do jazz nos palcos do Sesc São Paulo, em shows de edições passadas de festivais como o próprio Sesc Jazz e o Jazz na Fábrica, apresentações do Instrumental Sesc Brasil e outros projetos, como colaborações da Jazz Sinfônica e dos discos do Selo Sesc.
A artista capixaba Kika Carvalho é a autora das ilustrações dos 26 artistas que participam desta edição do festival Sesc Jazz. Graduada em artes visuais, iniciou sua trajetória no grafite aos 17 anos, e é uma das fundadoras do Coletivo das Minas (2012) e do FEME (2016), iniciativas pioneiras de arte urbana em Vitória (ES). Sua prática artística se materializa em diferentes suportes, técnicas e escalas, com uma pesquisa minuciosa em torno da cor azul, usada para reforçar a potência de corpos retintos e diversos. “O azul ultramarino utilizado no manto da Virgem em A Virgem e a Criança, de Sandro Botticelli [1490], era mais caro que o ouro e um ícone de status social, historicamente usado por [pessoas] brancas. No meu trabalho, subverto essa questão”, explica Kika, cujas investigações também passam por temas como lugar social que ocupa enquanto mulher, negra, LGBTQIAP+ e residente em um estado com grandes índices de violência contra essas populações.
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