De 23 a 26, a Casa do Povoador, equipamento cultural da Prefeitura de Piracicaba, no interior paulista, recebe a 1ª Feira Brasileira de Editoras Cartoneras. O evento conta com a participação de 11 editoras brasileiras e de uma chilena. Entre as brasileiras, destaque para a Kapivara Kartonera, uma iniciativa iguaçuense. Na abertura, a Feira contou com a participação do poeta Sergio Vaz, organizador da Cooperifa, e de palestrantes do coletivo Dulcineia Catadora, que atua na cidade de São Paulo.
Da Feira em Piracicaba participam: Editoras Catapoesia (MG e SP), Candeeiro Cartonera (PE), Voz Cartonera (PR), Dulcinéia Catadora (SP), Kapivara Kartonera (PR), YIYI Jambo (MS), Rendeira Cartonera (RJ), Ganesha Cartonera (RJ), Eureka Catronera (BA), Viajeira Cartonera (BA), Butecanis (SC) e Olga Cartonera (Chile).
O movimento de “cartoneras” (em espanhol, papelão) representa uma maneira própria de fazer arte por meio da edição de livros artesanais com capa de papelão, afirmando a ideia de que qualquer pessoa pode fazer o seu próprio livro e/ou criar a sua própria editora. As primeiras editoras surgiram em 2003, com a criação de Eloísa Cartonera, em Buenos Aires (Argentina). Atualmente, são mais de 300 editoras espalhadas por países da América Latina e da Europa.
Além da exposição e comercialização de livros, a Feira conta com uma programação que inclui roda de conversa sobre o tema, mesas redondas e oficinas. Entre as atividades artísticas paralelas, destaque para a apresentação da banda Tambores do Matição, formada por músicos de comunidade quilombola da Serra do Cipó (MG), e o lançamento do filme O Amanhã Não Tem Fim, com direção do cineasta piracicabano Thiago Altafini, da Urgência Filmes.
A Feira Brasileira de Editoras Cartoneras é uma realização da Catapoesia, da Associação Cultural Arte e do Ponto de Cultura Garapa. Tem apoio da Lei Paulo Gustavo do Ministério da Cultura do Governo Federal e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa da Secretaria de Estado da Cultura do Governo de São Paulo. Também conta com apoio da Semac (Secretaria da Ação Cultural de Piracicaba).
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