. “Es la tierra imposible que a su imagen te hizo para de sí arrojarte.” (Luis Cernuda)
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. Su quejido es tan fuerte que me alumbra la cara y me oscurece el pensamiento; tan delgado el temblor que nos separa y esta pared silvestre tan ligera, que un latido sangriento pone de pie mi vida a cada golpe que destroza a lo lejos su madera.
. (El naranjal ardiente, 1960)
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Da mesma carne (Tradução de Antonio Miranda) . “Es la tierra imposible que a su imagen te hizo para de sí arrojarte.” (Luis Cernuda)
. Deixei ao poente a franja tutela da cigarra; um povo como uma árvore ardente madeira que em minha caixa óssea e de memória constrói sua guitarra dolente no mais vivo de minha escória. . O peito perfurado deixa ver o pulsar tateando as paredes do lado mais acordado e desvalido. . (Resista, se podes) . O tronco empajezado* cresce todas as noites no vale; geme e se desespera quando pressente meus passos sobre o distante asfalto da rua em que vivo. . Obstinadamente treme em voz alta em todos os meus pedaços. . Contendo a respiração escuto-o entre o rumor das machadadas. . (Nenhuma pausa sequer) . Sua queixa é tão forte que me ilumina a face e me escurece o pensamento; tão fino o tremor que nos separa e esta parede silvestre tão ligeira, que um pulsar sangrento põe de pé minha vida a cada golpe que destrói, longe, sua madeira. .
*La expresión empayenado deriva del término payé, que designa al hechicero indígena, término que luego pasó a significar no sólo la persona sino el acto y el objeto mágicos, formándose un verbo derivado. (Rubén Bareiro Saguier)
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