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O portal recebe registros da natureza de todos os cantos do planeta. – Reprodução de Tela
‘Grande BioBlitz do Hemisfério Sul’, em espanhol o evento se chama ‘GranBiobúsquedadelSur’, enquanto em língua inglesa ‘Great Southern Bioblitz’ ou ‘GSB’ para abreviar. É um período internacional de intenso levantamento biológico em uma tentativa de registrar as espécies que habitam o Hemisfério Sul na primavera.
O objetivo deste evento é destacar a imensa biodiversidade espalhada pelo hemisfério na primavera que floresce, bem como envolver o grande público no aprendizado da ciência e da natureza.
No final de outubro, o mundo natural está a todo vapor. As flores estão desabrochando, os insetos estão surgindo, as aves estão cantando e os répteis estão saindo de sua hibernação de inverno. Faz sentido observar a vida nesta época do ano!
#GSB22 será realizada de sexta-feira, dia 28 de outubro, até o final de segunda-feira, dia 31 de outubro, incorporando diferentes comunidades, áreas e regiões do Hemisfério Sul.
Faça seu cadastro no aplicativo “iNaturalist“, envie seus registros fotográficos no período do evento e cadastre suas observações no projeto ‘Grande bioblitz do hemisfério sul: Foz do Iguaçu-PR.
Na região de Foz, os administradores do evento são: Fabrício Vilela, Luciana Chiyo e Benjamin Phalan. Caso haja alguma dúvida, entre em contato com o grupo de observação de biodiversidade de Foz do Iguaçu: https://linktr.ee/avesfoz
Beija-flor de fronte violeta, fotografia de Luciana Chiyo
O que é ciência cidadã?
Em resumo, a ciência cidadã, na área da Biologia, é a contribuição de um cidadão comum, fazendo seus registros (fotos, gravações de sons, vídeos) e os disponibilizando para a ciência, seja através de sites ou aplicativos próprios. Por exemplo: registro de fotos e cantos de aves para o site Wikiaves (www.wikiaves.coml.br) , registro de insetos e plantas para o site iNaturalist (https://www.inaturalist.org) , registro de fauna atropelada para o aplicativo Urubu (https://sistemaurubu.com.br) e até mesmo em grupos em Facebook, como: “Fungos do Brasil”, “Borboletas e Mariposas”, e muitos outros que contam com a colaboração de pessoas por todos os lugares.
Seja para satisfazer a curiosidade de quem fez o registro (para identificar uma espécie de borboleta, por exemplo), ou seja como forma de se conectar com pessoas com interesses comuns, o fato é que já existem vários exemplos de pesquisadores que produziram e continuam produzindo ciência a partir desses dados disponibilizados por “pessoas comuns”. É o típico exemplo de “a união faz a força”, pois imagine que um cientista poderia levar meses ou anos para coletar informações sobre um dado tema, e com algumas ferramentas simples (um celular e conexão de internet), e pessoas contribuindo apenas com fotos e algumas informações, isso pode gerar uma grande quantidade de dados em pouco espaço de tempo.
É preciso equipamento especial para fazer esses registros?
Não necessariamente. Dependendo do que você for registrar, pode fazê-lo somente com o celular. Porém, pode ser que você precise de um computador para enviar os registros para o site. Mas há casos que permitem que você envie esses registros através do celular, direto para um aplicativo. Por exemplo, para tirar foto de um inseto ou de uma planta, é muito fácil fazer com um celular. Já para tirar foto de uma ave distante, você vai precisar de uma câmera fotográfica. No entanto, você pode gravar o canto de uma ave no celular mesmo, se tiver um aplicativo para isso.
E o que é uma Bioblitz e o que isso tem a ver comigo?
Bioblitz é um movimento de ciência cidadã, um evento onde as pessoas se inscrevem e enviam os seus registros para a plataforma selecionada.
No caso da “Grande Bioblitz do Hemisfério Sul”, ela foi planejada para que as pessoas possam aproveitar a primavera aqui no nosso hemisfério, pois é uma estação onde é mais fácil, por exemplo, ver flores em todo o seu esplendor. Outro exemplo, são as aves, que mesmo em meio urbano, estão em plena em atividade reprodutiva, e é fácil ver muitas espécies fazendo seus ninhos (exemplo: João-de-barro, canário-da-terra, corruíra, bem-te-vi). Assim, qualquer pessoa pode se cadastrar no site iNaturalist (https://tinyurl.com/yr53y2cs) e enviar os registros que fizer entre os dias 28 e 31 de outubro.
Onde fazer os registros?
Não é necessário ir para um lugar específico para fazer os seus registros. Você pode começar registrando os insetos e plantas no seu jardim, pode ir a uma praça perto da sua casa ou pode ir a uma unidade de conservação, como o Parque Nacional do Iguaçu, por exemplo. Vale tudo, registro de espécies nativas e exóticas, desde que sejam silvestres. Ou seja, se for registrar animais, não vale registrar animais domésticos, como cão, gato, galinha. Nas cidades, é possível registrar muitas aves, até mesmo com um celular (como por exemplo, um João-de-barro, um bem-te-vi, aquela coruja buraqueira que você viu com ninho, o quero-quero num campo gramado, e por aí vai…).
Democracia, aprendizado e conservação
Podemos dizer que a Bioblitz é muito democrática, pois com essa facilidade de se fazer e enviar os registros, até uma criança pode contribuir e depois se orgulhar de ser um cientista-cidadão.
É de fundamental importância envolver o máximo de pessoas nessa atividade, pois tendo curiosidade e estimulando o conhecimento sobre as formas de vida que nos cercam, podemos desenvolver a sensibilidade de cuidar melhor do nosso planeta.
Neste ano, Foz do Iguaçu foi inscrita como uma cidade participante do projeto-mãe, então, quanto mais pessoas participando, mais interessante para a cidade.
No final do período de envio dos registros, o site realiza um ranking, que não tem premiação nenhuma, mas eles informam qual o participante enviou mais fotos, e qual enviou o maior número de espécies diferentes. A ideia não é estimular uma competição pura e simples, mas sim, de motivar os participantes a se dedicar com seus registros, melhorando a participação. Com isso, todos ganham: a ciência, a natureza, e consequentemente, nós, que poderemos desfrutar de melhor qualidade do meio ambiente.
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