A data comemorativa foi instituída pela Lei nº 11.621, de 19 de dezembro de 2007, com o intuito de conscientizar as pessoas sobre a importância da maior floresta tropical do mundo e da sua biodiversidade para o planeta. O dia 5 de setembro foi escolhido, pois nesta data, no ano de 1850, o Príncipe D. Pedro II decretou a criação da Província do Amazonas (atual Estado do Amazonas).
A Amazônia é importante para conservação do clima no planeta, manter o equilíbrio ambiental e reciclar uma boa parte de carbono na atmosfera. Além disso, a região é rica em biodiversidade. Nela está localizada a maior floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica. A Bacia Amazônica também confirma a abundância de recursos hídricos, já que se trata da maior bacia hidrográfica do mundo.
Também, a floresta amazônica atualmente está ameaçada pelos constantes desmatamentos ilegais, afetando diretamente a fauna e a flora da região, causando desequilíbrios e crises ambientais a nível global.
Como medidas para preservar a região amazônica são necessárias políticas públicas para diminuição do desmatamento, aumento da fiscalização para reprimir as atividades ilegais, melhorar as práticas de trabalho para conviver em harmonia com o ambiente e maior participação da população para cobrar políticas ambientais dos gestores.
Com uma área de aproximadamente 5,5 milhões de quilômetros apenas de floresta, a Amazônia está presente em 8 estados brasileiros: Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Tocantins e parte do Maranhão e Mato Grosso.
Vale lembrar que a Amazônia não está presente apenas no território brasileiro, mas também em outros países da América do Sul. São eles: Suriname, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela, Colômbia, Peru e Equador.
O clima na região amazônica é predominantemente equatorial/quente e úmido.
Outro recorde da Amazônia é a sua bacia hidrográfica. Com cerca de 7 milhões de quilômetros de extensão, os principais rios da região são: Amazonas (maior do mundo em extensão), Negro, Trombetas, Japurá, Madeira, Xingu, Tapajós, Purus e Juruá (todos afluentes do Rio Amazonas).
Resultados do Sistema de Monitoramento de Exploração Madeireira (Rede Simex) indicam que a extração na Amazônia continua ocorrendo de forma ilegal em regiões de proteção integral, reservas indígenas e unidades de conservação de uso sustentável.
Os dados mostram também que, somente no período entre agosto de 2019 e julho de 2020, a área total devastada para retirada de madeira foi três vezes maior que a cidade de São Paulo. Foram 464 mil hectares, mais da metade no Mato Grosso, 15,3% no Amazonas e 15% em Rondônia.
Embora a maior parte desse total tenha ocorrido em imóveis rurais cadastrados, mais de 11% do território explorado se encontram em áreas protegidas. Nas terras indígenas, 24 mil hectares foram atingidos. As situações mais críticas foram observadas nos territórios Tenharim Marmelos (AM), com 6 mil hectares, Batelão (MT), com 5.000 hectares, e Aripuanã (MT), com 3.000 hectares.
Incêndio devasta trecho da floresta amazônica em Novo Progresso, no Pará – Carl de Souza / AFP
Em unidades de conservação foram 28 mil hectares devastados. Somente no Parna dos Campos Amazônicos (AM), região de proteção integral onde a exploração é totalmente proibida, o estrago chegou a 9 mil hectares. Foi identificada atividade madeireira também em terras não destinadas, áreas públicas em que a extração não é permitida.
O problema pode ser ainda maior, porque há falta de informações sobre autorizações para o manejo florestal na maioria dos estados. Essa verificação só é possível no Pará e no Mato Grosso. O levantamento envolveu sete dos nove estados da Amazônia Legal, que concentram quase toda a produção brasileira: Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima,
Mais de 460 mil hectares foram devastados para extração de madeira na Amazônia – Ricardo Oliveira / AFP
“A transparência é fundamental para qualificar o debate sobre o setor florestal na Amazônia e para combater a madeira ilegal. Enviamos pedidos de acesso aos dados via LAI, a Lei de Acesso à Informação, e temos dialogado com todos os órgãos estaduais de meio ambiente visando a construção de uma agenda positiva e o compartilhamento de conhecimento”, ressalta Leonardo Sobral, gerente florestal do Imaflora, umas das organizações responsáveis pelo estudo.
A Rede Simex é composta por pesquisadoras e pesquisadores do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e do Instituto Centro de Vida (ICV).
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