Dia 02 de Abril é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A data foi criada pela ONU – Organização das Nações Unidas em 2007 e tem objetivo de alertar sociedade e governantes sobre a temática. A estimativa da OMS – Organização Mundial de Saúde é que existe mais de 70 milhões de autistas no mundo. O transtorno é mais comum em crianças do que a soma da incidência de AIDS, diabetes e câncer juntos. Ano passado o CDC – Center of Deseages Control and Prevention, órgão ligado ao governo dos Estados Unidos divulgou que uma em cada 59 crianças americanas de oito anos de idade é autista. No Brasil, 1% da população ou seja mais de 2 milhões de pessoas possui algum grau da doença. Apesar de numerosos e de possuírem legislação própria que os ampare, os brasileiros autistas ainda sofrem para ter acesso ao tratamento apropriado.
O TEA – Transtorno do Espectro Autista, é uma desordem do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação e interação social e, ainda apresenta movimentos repetitivos. Pode ser classificado em graus leve, moderado ou severo. Sua incidência é maior no sexo masculino: a cada 4 meninos, há um caso em menina. Sua causa ainda é objeto de estudos científicos que já apontam para fatores genéticos e ambientais. O diagnóstico é obtido através da observação comportamental e ainda pode estar associado a outras doenças.
Samia Omairi, presidente da Aspas – Associação Solidária às Pessoas Autistas, alerta os “sinais que podem ser vistos ainda na primeira infância pela família, profissionais da saúde e educação. Ressalta a importância desta observação para se fechar o diagnóstico e iniciar a intervenção terapêutica precoce. “Isto fará toda diferença no desenvolvimento desta criança e melhora de um grau moderado a leve, por exemplo”, explica. Samia enfatiza que conscientizar é um dos objetivos da Aspas: “Temos obtido progressos, mas os desafios para transpor barreiras ainda são grandes”. Avalia que a maior barreira é o preconceito gerado pela “falta de informação”. Diz que com intervenção precoce de terapias multidisciplinares haverá sim melhora no quadro do paciente. Finaliza ao denominar autismo como “uma forma diferente de ver o mundo’.
A Aspas, entidade idealizada e criada a pouco mais de um ano por pais, familiares e entusiastas da causa, fará Blitz da Conscientização dia 02 no centro da cidade. Ainda, como parte de suas ações, realizará no próximo domingo (07) tarde de recreação à sociedade iguaçuense, com o objetivo de trazer mais informações sobre o transtorno.
Sinais de Alerta: Não olha nos olhos ou olha por pouco tempo; olha fixo “para o nada”; não responde quando chamado pelo nome; prefere ficar sozinho; não sorri em resposta à interação de outra pessoa; atraso ou ausência na fala; fala ecolálica; uso inadequado do brinquedo; movimentos repetitivos; comportamento hiper ou hipoativo; demonstra sensibilidade sensorial a sons, roupas e alimentos; falta de consciência de perigo e dor; choros ou risadas imprópria; apego a objetos diferentes; dificuldade ou ausência de demonstrações afetivas.
A ASPAS alerta que no caso da observação destes sinais por pais, cuidadores e/ou professores, a criança seja encaminhada a avaliação multiprofissional, através da coordenação de um neuropediatra. Isto é necessário para verificar se há atraso no desenvolvimento, traço de personalidade ou autismo. A atenção de toda a rede de atendimento à criança a estes sinais pode levar ao diagnóstico e intervenções precoce, o que possibilita uma vida adulta mais autônoma e independente dentro de cada condição.
_________________________Assessoria
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