Devido à alta de casos do coronavírus no Brasil, entidades estudantis pediram um novo adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para 17 e 24 de janeiro.
O Ministério da Educação (MEC), por sua vez, diz que a data da prova será mantida. Segundo a pasta, os protocolos de saúde que serão adotados nos dias do exame garantirão a segurança dos estudantes.
Em ação conjunta, a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) pediram o adiamento do Enem. As entidades afirmam que o Ministério da Educação não divulgou medidas eficazes para garantir a segurança sanitária dos candidatos.
Além disso, argumentam que a prova vai aumentar a transmissão do coronavírus. O Enem 2020 (a prova não foi realizada no ano passado devido à pandemia) tem seis milhões de inscritos.
A UNE e a Ubes também cogitam entrar na Justiça, por meio de um mandado de segurança, para impedir a realização da prova. O MEC, por sua vez, afirma que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão responsável pela prova, estabeleceu regras para “reduzir aglomerações” nos locais de aplicação do exame e adotou medidas preventivas contra a COVID-19, segundo publicado pelo jornal Folha de S.Paulo.
“Os números de contaminações e mortes por Covid-19 voltaram a crescer exponencialmente recentemente, o que ocasionou por sua vez o endurecimento em restrições de contato social em diversos estados”, diz nota das entidades. “Em um claro posicionamento pela segurança e em defesa da vida, acreditamos ser inevitável um novo adiamento do Enem”, acrescenta o comunicado.
Em consulta pública realizada pelo MEC, os estudantes apontaram preferência pelo mês de maio para realização da prova. Marcado originalmente para novembro de 2021, o Enem foi adiado após pressão da sociedade e de parlamentares.
Assine as notícias da Guatá e receba atualizações diárias.