O Projeto Onças do Iguaçu registrou dois novos filhotes de onça-pintada no Parque Nacional do Iguaçu. Eles têm cerca de 8 meses de idade, e ainda não foi possível identificar o sexo. Os técnicos do projeto explicam: “Ainda não sabemos quem é a mãe das oncinhas. Nessa idade os filhotes ainda estão com a mãe, da qual se separam geralmente por volta de dois anos de idade.”
Os filhotinhos estão fortes e aparentemente saudáveis. O projeto aumentou o número de armadilhas fotográficas na região onde eles foram avistados, para tentar novos registros, identificar a mãe e também monitorar as novas oncinhas. Como sempre, não será divulgada a localização do registro para segurança dos filhotes.
O Parque Nacional do Iguaçu é um refúgio para as onças-pintadas e uma das áreas mais importantes para sua sobrevivência no bioma. Conforme os últimos censos periódicos realizados, a população da espécie está aumentando naquele santuário. De apenas nove animais registrados em 2009, chegou-se à contagem de 28 onças, em 2018. Este quociente promissor se deve às ações em defesa do felino e da manutenção das áreas intangíveis do Parque Nacional do Iguaçu e precisa continuar melhorando.
Em toda a Mata Atlântica, estima-se existir de 250 e 300 onças-pintadas. Nesse bioma brasileiro, a espécie é considerada criticamente ameaçada. Onde há a incidência desse animal, o indicativo é o de que as condições de conservação da biodiversidade são favoráveis. Por isso, ser intransigente na defesa de que a geografia do Parque Nacional do Iguaçu permaneça intacta é a posição mais correta daqueles que defendem o futuro.
As ações de conservação da onça-pintada no Parque Nacional do Iguaçu remontam aos anos 1990, desenvolvidas pelo pesquisador Peter Crawshaw e o projeto Carnívoros do Iguaçu. Em 2018, foi criado o Projeto Onças do Iguaçu, que trabalha em parceria com o Proyecto Yaguareté, no lado argentino da unidade de conservação compartilhada por Brasil e Argentina.
“A onça-pintada é um predador de topo de cadeia e uma espécie que tem grandes requerimentos de habitat, portanto é uma indicadora da qualidade dos ambientes onde vive”, explicou a bióloga Yara Melo de Barros, coordenadora-executiva do Projeto Onças do Iguaçu ao portal H2Foz.
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