Doutor Sócrates faria 65 anos hoje.
E certamente estaria indignado com o Brasil de hoje como era indignado com o Brasil de ontem.
O Magrão morreu cedo demais e faz muita falta. Faz falta a seus filhos, aos seus irmãos, a Dona Guiomar, 98, sua mãe, aos amigos, mas, principalmente, ao país.
Porque era um ídolo raro, por ser crítico e verdadeiro. Não queria ser exemplo para ninguém e talvez por isso mesmo seja ídolo para tanta gente.
Morreu vítima de uma doença terrível, que a ignorância faz confundir com malandragem.
Mas deixou viva a memória de raro talento para jogar futebol e aguda sensibilidade e inteligência para tratar dos problemas do Brasil.
__________________________________Juca Kfouri, jornalista e sociólogo em São Paulo – SP. Texto extraído da coluna do autor no UOL.
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