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Depois de nove anos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou na sexta-feira, 26, novo Edital de Cinema para patrocinar 25 longas-metragens, no valor total de R$ 15 milhões. As inscrições ficam abertas até o dia 27 de outubro deste ano.
Cada filme receberá patrocínio de R$ 600 mil, condicionado ao compromisso de exibição pública em cinema ou plataforma de streaming entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2026.
“Ao longo de sua história, o BNDES já apoiou mais de 400 filmes. Investimento que foi interrompido por gestões que ignoravam a importância da produção cultural no Brasil. Agora, no governo do presidente Lula, o Banco retomou o compromisso de apoiar o cinema nacional porque acredita na indústria do audiovisual e no potencial que ela tem de gerar de novos empregos”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
“O audiovisual brasileiro é uma das expressões mais potentes da nossa cultura e, também, um setor estratégico da economia criativa. A volta deste edital do BNDES representa um estímulo fundamental para a diversidade de narrativas, a geração de empregos e a projeção internacional da nossa produção”, afirma a ministra da Cultura Margareth Menezes. “Investir no cinema é investir no Brasil, na valorização da nossa identidade e no fortalecimento de uma cadeia produtiva que move cultura, inovação e desenvolvimento”.
Com ênfase na pós-produção e na comercialização, a chamada pública apoiará filmes em cinco segmentos: “ficção comercial”, “ficção autoral”, “documentário”, “animação” e “selecionados em festivais”.
O segmento “ficção comercial” abrange longas-metragens que priorizam retorno financeiro, sem prejuízo da qualidade artística e técnica. Já “ficção autoral” reúne obras que buscam reconhecimento técnico e artístico no mercado internacional.
A categoria “selecionados em festivais” tem como objetivo ampliar as chances de que obras brasileiras recebam reconhecimento em premiações internacionais. Em março deste ano, o filme Ainda Estou Aqui venceu o Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional. Apesar de acumular mais de 20 indicações ao longo da história, esta foi a primeira vez que o Brasil conquistou a estatueta.
Apoio ao cinema brasileiro – De 1995 a 2017, o BNDES apoiou mais de 400 obras audiovisuais por meio de editais, com valor global superior a R$ 600 milhões em valores atualizados.
Além disso, em parceria com a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e o Ministério da Cultura, o BNDES também opera uma linha de crédito com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), com condições diferenciadas de financiamento. Essa linha considera as especificidades do setor, como a predominância de pequenas e médias empresas e a dificuldade de constituição de garantias tradicionais.
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