Paralisação será de três dias, com vigília no Centro Cívico, em Curitiba. (Foto: agência Brasil)
. . Professores e funcionários de escolas estaduais decidiram em assembleia deflagrar greve de três dias, a partir desta segunda-feira, 13. A categoria questiona a proposta que institui nova base de remunerações, apresentada pelo Governo do Paraná, vista como um artifício numérico que representa o desmonte do plano de carreiras.
A ameaça à carreira docente é por conta da extinção dos percentuais existentes entre classes e níveis, provocando o achatamento da tabela de remunerações e acabando com a evolução do profissional. A categoria interpreta que o conjunto de medidas apresentado como “reajuste” não repõe as perdas com a inflação e exclui funcionários e aposentados da nova gratificação.
O pacote de normativas corta parte do auxílio-transporte, férias, licença e abono pelo trabalho noturno. A gratificação proposta não incide sobre férias, licença e 13º salário dos educadores nem é contabilizada para fins de aposentadoria. O projeto está em tramitação e será votado na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
“Sem debate com os educadores, o governo lança esse projeto na reta final do ano e com intensa propaganda oficial. Quer fazer crer, entre a população, que teremos melhorias salariais”, aponta o presidente da APP-Sindicato/Foz, Diego Valdez. “Mas a verdade é que o plano de carreira está em risco e haverá achatamento dos salários. As perdas serão para todos”, afirma.
Conforme o dirigente sindical, os servidores públicos do Paraná estão há mais de seis anos sem receber reposição devido às perdas da inflação, acumulando uma defasagem superior a 30% no período. “E o governador Ratinho Junior apresenta 3% de recomposição, enquanto eleva absurdamente o subsídio a grandes empresas”, reflete.
“O poder de compra dos trabalhadores está reduzido, e quem ganha menos, como as agentes educacionais – que trabalham na cozinha, limpeza e outras funções –, está com dificuldades de manter o sustento da família”, sublinha. “Com a falta de reposição dos últimos seis anos, enfrentamos a alta da inflação, que faz os preços dispararem”, conclui Diego Valdez. .
Diego Valdez: “Plano de carreira está em risco e haverá achatamento dos salários” – Foto: divulgação
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Agenda da greve
A APP-Sindicato/Foz realiza assembleia regional online neste sábado, 11, às 9h30, para a organização do movimento entre educadores de Foz do Iguaçu e região. A entidade colocará ônibus para o deslocamento de professores e funcionários que se somarão a trabalhadores da educação de todo o estado em vigília no Centro Cívico, em Curitiba (PR), durante a deliberação dos projetos.
(Por APP-Sindicato/Foz)
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Sustenta a administração estadual que nenhum dos mais de 66 mil professores vinculados à rede estadual de educação vai receber menos de R$ 5,5 mil por mês, a partir de janeiro de 2022. “O incremento em relação ao atual piso salarial em vigor no Estado (R$ 3.730) para 40 horas/aulas semanais é de 48,7% e vai beneficiar mais de 22,4 mil profissionais em começo de carreira, entre servidores efetivos e temporários”.
O Governo do Paraná enxerga na medida para a valorização do magistério e para “dar prosseguimento ao processo que busca fazer do Paraná o estado com o melhor sistema educacional público do país”, afirma. O projeto encaminhado à Alep, conforme a gestão, “contempla ainda a manutenção do pagamento do vale-transporte (R$ 842), implantação de gratificação de R$ 800 a partir de janeiro e a manutenção do atual mecanismo de progressão de carreira”.
O investimento é de R$ 674,4 milhões e conta com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). “É um dos maiores aumentos salariais do País já oferecidos para a categoria. Queremos com isso valorizar cada vez mais nossos professores, profissionais que passaram toda a pandemia buscando saídas e estratégias para oferecer o melhor ensino para os nossos alunos”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). (Por Agência Estadual de Notícias)
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