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Protesto na frente do NRE, órgão que representa a gestão estadual na educação – Foto: Divulgação
É preciso movimentar-se para ter consciência das correntes que prendem. A partir dessa reflexão, formulada por uma filósofa alemã, educadores de Foz do Iguaçu protestaram, na frente do Núcleo Regional de Educação (NRE), nessa terça-feira, 21. O pagamento da data-base foi a principal pauta.
Agente educacional, Diego Valdez explicou que a manifestação fez parte da paralisação estadual de servidores do Paraná por reposição. Do ato em frente ao órgão educacional que representa a Secretaria de Estado da Educação, participaram professores e funcionários de escolas que não puderam viajar a Curitiba (PR), cidade que concentrou os protestos.
“O congelamento da data-base já se arrasta por seis anos. No NRE, mostramos nossa indignação com esse calote que já dura todo o governo de Ratinho Junior”, disse Diego. O profissional da educação enfatizou que a categoria não pede aumento, só a reposição das perdas acumuladas pela inflação.
“Esse reencontro das lutas nesse espaço simbólico, que é o NRE, o órgão que representa o Governo do Estado para assuntos da educação, nos deu ânimo e a certeza de estamos unidos pela escola pública e por direitos”, avaliou. “Foi um momento importante, de esperança na força da nossa organização, da nossa base.”
Cartazes, faixas e palavras de ordem registraram outros pontos de pauta. A categoria é contra a terceirização nas escolas, a precarização das condições de trabalho dos servidores temporários (PSSs) e as tutorias pedagógicas.
Já sob a organização da direção da APP-Sindicato/Foz, caravana de professores e agentes educacionais de Foz do Iguaçu e cidades da região fortaleceu a mobilização pela data-base na Capital do Estado. O movimento contou com servidores de outras categorias profissionais, reunindo cerca de 10 mil pessoas.
Mobilizados pela APP-Sindicato/Foz, educadores participaram de ato em Curitiba – Foto: Assessoria
Segundo a APP, os protestos em Curitiba foram ainda maior do que os realizados no último dia 29 de abril. A direção sindical e a categoria cobram do governo estadual proposta para recomposição dos valores corroídos pelo avanço inflacionário, que deve ser apresentada antes do prazo restritivo por conta das eleições deste ano.
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