De 7 a 9 de dezembro, mais de 6000 representantes de movimentos populares, partidos políticos e sindicatos, intelectuais e artistas de toda a América Latina e do Caribe se reunirão na fronteira trinacional de Brasil, Argentina e Paraguai para debater a integração e a soberania do continente. Em Foz, tem a referência da Unila.
A Jornada Latino-Americana e Caribenha de Integração dos Povos é convocada por diferentes articulações de movimentos populares, campesinos, sindicais, estudantis, feministas, ambientalistas, povos indígenas, afrodescendentes, jovens, de direitos humanos, acadêmicos e intelectuais. Conta também com convidados especiais, como o presidente do Brasil, Lula (PT), e o ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, para debater, refletir e compartilhar perspectivas entre diversos atores sociais sobre como construir processos de integração que reafirmam a defesa da democracia e da soberania dos povos.
“Para defender o que resta de soberania, é necessário unir interesses em uma política de longo prazo e tirar conclusões dos fracassos que tivemos, porque, no final das contas, os fenômenos de integração foram preocupações políticas de políticos e intelectuais, mas não foram incorporados pelo povo, não se tornaram realidade em nossos povos”, expressou “Pepe” Mujica.
Também convocam a este processo Adolfo Perez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz, da Argentina, João Pedro Stedile, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Brasil, Carol Proner, da Associação Brasileira de Juristas, e Rafael Freire Neto, da Jornada Continental pela Democracia e Contra o Neoliberalismo.
Além disso, o objetivo da jornada é promover um diálogo dinâmico entre as diferentes forças para discutir os seguintes tópicos: a crise sistêmica do capitalismo, as ameaças à paz, a soberania dos povos, realizar um diagnóstico econômico, político e cultural da região e os desafios da América Latina em um contexto de avanço das direitas em âmbito global.
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