Imagem dos ataques a Nova York produzidas em tempo real marcaram a política do século 21 – Foto: S. Mcallister / AFP
Em 11 de setembro de 2001, diferentes locais dos EUA, como Nova York, foram atingidos em ataque orquestrado pela rede al-Qaida, liderada pelo saudita Osama Bin Laden. As imagens impactantes das torres do World Trade Center em chamas ainda são o marco do início do século 21.
Logo depois dos ataques, ainda em outubro, o então presidente dos EUA, George W. Bush, decidiu invadir o Afeganistão para derrubar o Talibã, grupo ultraconservador afegão que governava o país e havia dado abrigo a Bin Laden. Isso, no entanto, foi o gatilho para uma política intervencionista global sob o nome de “Guerra ao Terror”.
As intervenções de Washington tinham três características centrais: implementação de projetos neoliberais, defesa de interesses dos próprios países interventores, como no caso do Iraque, e a movimentação de uma indústria da guerra que gerou imensos lucros.
De 2001 a 2019, de acordo com um estudo da Universidade de Brown, foram cerca de 6,4 trilhões de dólares (algo em torno de 32,7 trilhões de reais).
Mas sem dúvida o impacto mais trágico foram as mortes de civis, que chegaram a cerca de 335 mil pessoas no contexto das operações militares.
Portanto, por um lado temos a volta do Talibã ao poder no Afeganistão, o que pode ser a indicação de um fracasso das intervenções imperialistas estadunidenses. Por outro lado, um novo enquadramento da ação imperial foi desenhado, um que não necessariamente buscava paz, democracia ou estabilidade, mas que gerou mercados lucrativos e novas formas de controle.
O portal Brasil de Fato Explica, a partir de um vídeo, faz uma breve retrospectiva histórica e destaca os principais legados das ações que se seguiram aos ataques terroristas, desde como pegamos avião e como nos preocupamos em estarmos sendo vigiados, até as ruínas políticas deixadas em muitos países, como Afeganistão, Iraque e Líbia. Assista:
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