Aquele objeto que não tem mais utilidade para você pode ser trocado por outro material. Livros, móveis, mudas de plantas, roupas, calçados, quadros, vinis, quadrinhos, brinquedos… Inclusive serviços e oficinas podem ser compartilhados na Feira Livre de Trocas da Tríplice Fronteira, que acontece em Foz do Iguaçu.
Em sua sexta edição, o evento será no dia 5 de maio, na Casa Florir. Pessoas interessadas em trocar algo, expositores, artistas e produtores culturais podem participar. Letícia Scheidt e Anael Céspedes, organizadores do evento, apresentaram a programação no Marco Zero, iniciativa do H2FOZ e Rádio Clube FM.
Entre as novidades da programação deste ano está a troca de mudas de plantas fornecidas pelo horto municipal por brinquedos, que serão doados a crianças da “Ocupação do Bubas”. A rua em frente à Casa Florir será utilizada para as atividades da feira.
“Escambo” é palavra que quer dizer troca, atividade que não envolve dinheiro como mediação. Já “escambau”, ao contrário do que possa parecer, não é derivada da primeira. Tem outra origem e exprime a ideia de que algo contém ou reúne muitas outras coisas. Por isso, uma combinação das duas pode ser boa para se falar da “Feira Livre de Trocas”.
O objetivo da Feira Livre de Trocas é reduzir o consumo, combater o desperdício e fomentar a consciência baseada nas trocas entre as pessoas, na solidariedade e na partilha. O dinheiro não é utilizado em nenhuma etapa do encontro, de modo a superar as relações com as coisas mediadas pelo consumo e o dinheiro.
“O princípio da feira é bastante livre e colaborativo, para possibilitar trocas de maneira muito espontânea”, frisou Letícia Scheidt. “A ideia é que cada pessoa traga coisas que ela não sente mais que têm valor para si, mas compreende que pode ter valor para outra pessoa”, apontou.
Conforme Anael Céspedes, a integração entre os participantes antecede a relação entre as coisas. “Tudo é permitido, não há limites para as trocas. Antes dos materiais, fomentamos as trocas entre as pessoas, em um espaço para se conhecer, conversar e interagir”, enfatizou.
Quem quiser trocar objetos não precisa dispor de infraestrutura. A exposição do material é feita em cangas, caixotes e outros meios que reforçam a referência de simplicidade e espontaneidade da feira. Juntamente com as trocas, acontece uma programação cultural com teatro, música e outras atividades. A entrada é gratuita.
Feira Livre de Trocas da Tríplice Fronteira 5 de maio, a partir das 15h Casa Florir (Rua Romário Vidal, 816, Vila Yolanda) Facebook: feiralivredetrocasdatriplicefronteira Para trocar: (45) 99806-4257
_________________________Paulo Bogler / H2foz
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