Março foi tempo de editarmos a primeira revista Escrita de 2018. No final do verão, ela circula com o número 50 na capa. Na verdade, ela é a 51a edição, se levarmos em conta a experimental número zero. E a revista da Guatá também desta vez, de forma colaborativa, reuniu a expressão de dezenas de pessoas. De Foz do Iguaçu e de outras partes da América Latina, chegaram às suas páginas imagens e palavras de gente com linguagens diferentes mas unificadas pela vontade de contar suas emoções.
Maria Lucia Peres, de origem guarani, vive na aldeia Tekoha Aty Mirî, na cidade de Itaipulândia, no Paraná. Recém formada em Pedagogia pela Unioeste – Universidade Estadual do Oeste do Paraná -, ela escreve contos infantis. Maria nos brinda com uma releitura da fábula de Chapeuzinho Vermelho, em que conta de uma amizade entre a personagem e o lobo, em benefício da defesa da vida nas matas e da essência do bem viver. Também de boa prosa nos abastecem a escritora paulistana Tati Lopatiuck, a bailarina carioca Úrsula Férras e o iguaçuense Dan Dorneles, que estuda para se pós graduar em Letras. Soma-se à lista, Fran Rebelatto, professora de Cinema. Rebelatto escreve a partir de uma fronteira entre imagens fotográficas recentes e a memória de menina. Histórias recortadas em detalhes vividos na rotina de terras rurais gaúchas e recompostos pelo registro recente. Ela nos brinda com uma crônica que se estabelece no limiar das imagens e das palavras. Contundente, estabelece a ponte vigorosa entre o que se é e aquele conteúdo que um dia foi cenário e objeto da construção do ser em questão.
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