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O dia 25 de janeiro de 2019 transformou a vida de milhares de famílias da Bacia do Rio Paraopeba e do Lago de Três Marias, em Minas Gerais. A data marca o rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho, que deixou rastros de lama, morte e destruição.
Passados três anos do crime, a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (AEDAS) lançou, nesta semana, o minidocumentário “3 anos de luto e de luta”. A produção de 10 minutos compartilha a história do crime a partir das experiências de Maria dos Anjos e Márcia de Medeiros.
“Esse outro rapaz não foi encontrado até hoje. Já esse, meu afilhado, essa foi a única vez que ele foi à praia. Não dá pra gente esquecer. Não dá pra gente achar que esse luto vai passar um dia, porque todos eles eram de dentro da nossa casa. Quando é uma pessoa, às vezes você chora. Mas, quando a gente pensa que são muitos, é um dia que a gente sofre pelas outras famílias”, diz Maria na produção, enquanto mostra fotografias.
As atingidas contam também sobre a situação atual do município de Brumadinho. Após as enchentes do início de janeiro, cidades e comunidades ao longo da Bacia do Rio Paraopeba sofreram mais uma vez com a lama contaminada. “A lama que não veio com o rompimento, agora chegou com toda força nas casas da gente”, explica Márcia.
O mini documentário retrata ainda o processo de organização dos atingidos e atingidas em busca por reparação justa e integral, e da recuperação de seus direitos básicos.
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