Fotos: William Brisida/Itaipu Binacional
“A principal diferença entre o Tiro com Arco Field e o Tiro com Arco praticado nas Olimpíadas é que, no caso do Field, como o próprio nome fala, é um tiro de campo. Nesse caso, a gente está em contato o tempo todo com a natureza. Enquanto nas Olimpíadas é aquele tiro com o alvo sempre na mesma direção, aqui os arqueiros têm uma variação de distância, que vai de 6 até 73 metros”, explica o coordenador-geral do evento, Alexandre Borrego.
O campeonato acontece a cada dois anos e a edição de 2022 foi em Talín, na Estônia. Para esse ano, a escolha ficou entre Estados Unidos e Brasil. No final, os delegados optaram pelas belezas naturais do País e pela infraestrutura turística de Foz do Iguaçu.
São quase 300 arqueiros de 20 países diferentes participando da competição. A Associação Field Brasil (AFB) afirma que, assim como a IFAA, trabalha para desenvolver o que chamam de Família de Arqueiros, pois contam, em uma mesma competição, com participantes de 8 a 80 anos. E isso não é apenas força de expressão.
Entre as diversas crianças de oito anos presentes, está Luiggi Nalepa Kudlavies, que se apaixonou pelo esporte durante uma demonstração da modalidade feita na sua escola. Apesar de não ter muito tempo para treinar, ele já sabe qual é seu ponto forte. “Minha pontaria é melhor quando o alvo está a dez metros de distância”, afirma.
São quase 300 arqueiros de 20 países diferentes participando da competição.
Já no time dos octogenários, o americano Pat Norris (83) compete pela primeira vez no Brasil. Norris pratica o esporte há 72 anos e fabrica seu próprio arco. “Testado e aprovado”, afirma orgulhoso enquanto aponta para sua criação.
Ao longo da semana, serão realizadas três provas distintas. Em relação à pontuação, um acerto no centro do alvo rende cinco pontos ao arqueiro. O anel interno vale quatro pontos, enquanto o anel externo equivale a três pontos. Cada competidor tem a oportunidade de realizar quatro disparos por alvo. Importante ressaltar que não existem juízes distribuídos entre os grupos, que estão espalhados por 28 estações de tiro na trilha florestal do RBV. “A gente trabalha na camaradagem. Um fiscaliza o outro. Como todos que estão juntos no grupo competem entre si, eles mesmos conferem a pontuação” afirma Alexandre Borrego.
Ao final dos cinco dias de competição, haverá a soma dos pontos que apontará os vencedores em suas categorias.
O propósito do evento é fomentar a união entre indivíduos e famílias, além de cultivar o espírito esportivo do Tiro com Arco. “Nos vemos como uma grande família global de arqueiros. A motivação para participar da competição é precisamente a oportunidade de viajar e descobrir novos cantos do mundo. Tenho conhecidos aqui que encontro em algum lugar há mais de uma década”, destaca Borrego.
Arqueiros de idades que vão de 8 a 80 anos estão disputando o certame internacional
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