Na sua 20ª edição, o festival finalmente alcança presencialmente Foz do Iguaçu, graças a uma parceria inédita com o Sesc Foz do Iguaçu. O evento acontecerá de 29 de outubro até 29 de novembro, totalmente gratuito. O local das projeções na fronteira ainda não está definido. De formato formato híbrido, o evento também oferece filmes que poderão ser assistidos a partir do site do Festival.
A 20ª edição do Festival de Cinema Italiano no Brasil celebra duas décadas de difusão da cinematografia italiana em nosso país. O evento, que já faz parte do calendário cultural nacional, movimentará mais de 100 salas em todo o país. O Festival é um projeto organizado pela Câmara de Comércio Italiana de São Paulo – ITALCAM, em colaboração com a Embaixada da Itália. A Pirelli é a patrocinadora master do evento, pelo quarto ano consecutivo. O evento recebe o apoio do Ministério da Cultura do Governo Federal brasileiro.
O manifesto desta edição será “Il Cinema che Racconta, I Maestri che Ispirano” — O Cinema que Conta, Os Mestres que Inspiram. Neste marco histórico, o evento reúne uma seleção especial que mescla estreias inéditas no país e uma retrospectiva de obras fundamentais, oferecendo ao público um panorama abrangente da riqueza e da diversidade do cinema italiano: mestres do passado, que como verdadeiros faróis éticos e estéticos transformaram ruínas em poesia, o olhar em resistência e a dor em beleza coletiva; e mestres do presente, que seguem expandindo esse legado com obras brilhantes, frutos diretos da herança deixada por seus predecessores.
O evento reafirma seu papel como ponte cultural entre Itália e Brasil, celebrando anos de história e prestando tributo aos mestres de ontem e de hoje — representantes de uma das cinematografias mais influentes do mundo, capaz de moldar linguagens, estéticas e visões.
SESSÃO INÉDITOS “Le Assaggiatrici” (As Provadoras de Hitler), de Silvio Soldini (2025)
“As Provadoras de Hitler” – Foto: divulgação / FCIB
Inspirado no romance homônimo de Rosella Postorino, o longa revisita um capítulo pouco conhecido da Segunda Guerra Mundial: o grupo de mulheres obrigadas a provar as refeições de Hitler para garantir que não foram envenenadas. A narrativa combina tensão, resistência e drama humano, abordando a solidariedade feminina em meio ao medo. O filme obteve 3 indicações e ganhou um prêmio do Nastri D’Argento.
“L’Abbaglio” (A Ilusão), de Roberto Andò (2025)
Em 1860, durante a expedição dos mil, Giuseppe Garibaldi enfrenta o poderoso exército de Bourbon enquanto tenta conquistar Palermo. Quando tudo parece perdido, confia ao Coronel Orsini um plano engenhoso: simular uma retirada com um grupo de feridos e soldados para enganar o comandante inimigo. Começa então uma arriscada partida de xadrez militar, marcada por manobras inesperadas e um desfecho surpreendente.
SESSÃO RETROSPECTIVA
“Ladri di Biciclette” (Ladrões de Bicicletas), de Vittorio De Sica (1948)
“Ladrões de Bicicleta”, um clássico do cinema pós-guerra italiano – Foto: divulgação
Símbolo do neorrealismo italiano, acompanha um pai desempregado que precisa recuperar a bicicleta roubada para manter o novo emprego. Um retrato pungente da dignidade e da luta pela sobrevivência no pós-guerra.
“Paisà”, de Roberto Rossellini (1946)
Composto por seis episódios, o filme aborda a libertação da Itália durante a Segunda Guerra Mundial, expondo encontros e desencontros entre soldados aliados e civis italianos.
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