Encontro debateu condições do atendimento de saúde em comunidades originárias nas três fronteiras – Fotos: Gentileza/Itaipu Binacional (MD)
Participaram representantes de organismos relacionados com a questão indígena no Paraguai: a Dra. Dalila Raquel Oviedo, diretora Nacional de Saúde dos Povos Indígenas (DINASAPI) e membros do Conselho Nacional de Saúde dos Povos Indígenas (CONASAPI); representantes da Itaipu de ambas as margens; e membros de comunidades indígenas pertencentes às etnias Avá-Guarani, Paĩ tavyterã, Mbya-Guarani, Achê e Maká.
Durante o encontro foram discutidos temas como o alcance do GT Saúde aos representantes das comunidades indígenas do Paraguai, Brasil e Argentina. Também se desenvolveu um debate com os representantes das etnias sobre as necessidades existentes, a confecção de uma ata, pontuando em comum todas questões e propostas de soluções que possam ser projetadas a partir de uma comissão técnica.
Finalmente, se colocou como prioridade a capacitação de promotores da saúde indígena. Para tanto, reforçar conhecimentos e particularidades nos profissionais de saúde que trabalham em benefício dos povos originários na região, além de gestionar melhoras nos sistemas de saúde. Também se estabeleceu de continuar desenvolvendo um projeto sobre a violência na infância, adolescência e contra as mulheres nas diferentes frentes.
Alba Duarte, da comunidade indígena Fortuna de Curuguaty (Canindeyú, Paraguai), comentou que a atividade é uma iniciativa muito boa e destacou que o encontro com representantes de Itaipu é algo que se esperava já faz muito tempo. “Meu sonho sempre foi este encontro, estamos querendo impulsionar um trabalho com crianças, adolescentes e mulheres em relação à violência”, disse.
Por sua vez, Mariela Fernández, da comunidade Yryapu de El Soberbio (Missiones – Argentina), enfatizou a importância do encontro para as comunidades. Defendeu que, ainda que todos os temas abordados sejam relevantes, importante optar por trabalhar em conjunto em um projeto que aborde a violência contra a infância, adolescência e as mulheres.
“Este tema é preocupante. Se bem que em nossa comunidade não se registra atos desse tipo, não podemos estar alheios ao que se passa em outras comunidades, importante que se decidiu realizar atividades que irão contribuiar para evitar esses tipos de ações.”, pontuou.
Ivan Rodrigues, integrante do grupo que participou do encontro como representante de comunidades indígenas do lado brasileiro, destacou a importância do apoio mútuo entre as comunidades e expressou que o encontro entre membros de etnias originárias dos três países é histórico. Afirmou que conhecer a história e as experiências do Paraguai e da Argentina é essencial para fortalecer os laços entre os povos originários e que esta colaboração adquire ainda mais relevância em momentos críticos de saúde pública como atualmente.
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