Uma das principais realizadoras do cinema paraguaio, a cineasta Paz Encina fala, nesta CharLA, sobre o momento atual da sétima arte no país vizinho. Diretora de Hamaca Paraguaya (2006) – filme ganhador do prêmio FIPRESCI (Un Certain Regard – Um Certo Olhar) no Festival de Cannes –, ela comenta sobre a criação de um instituto de cinema em seu país, que traz esperança para o setor no Paraguai ao extinguir a dependência, por parte dos cineastas paraguaios, do capital estrangeiro na concretização das obras.
Para a diretora, o cinema, a memória e o território são a mesma coisa. Em sua concepção, a mirada (o olhar) não está alheia à cinematografia. Ao termos “una mirada, generamos memoria y cuando generamos memoria generamos territorio: Este es nuestro territorio, como latinoamericanos”. Perder território, para Paz Encina, é mais que perder um espaço geográfico, é perder uma língua, costumes e sons.
Além de Hamaca Paraguaya, Paz Encina tem em seu currículo obras como o documentário Ejercicios de memoria (2016) – Prêmio da Crítica no Festival Internacional de Cinema de Brasília – e os curtas-metragens Supe que estabas triste (2000) e Viento Sur (2011). Em 2023, seu longa Eami foi premiado no Festival de Cinema Latino-Americano de Paris e no Festival de Cinema de Roterdã (Holanda).
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