Grupo de teatro estudantil de Puerto Esperanza apresenta "Antígona Vélez"

Uma história de rebeldia que nos faz lembrar que a coragem também pode ser uma forma de amor.

Fotos: divulgação / Letí Ferreyra

Puerto Esperanza, a 45 quilômetros de Puerto Iguazú, no lado argentino da fronteira trinacional, faz da expressão teatral parte importante vivência escolar de seus adolescentes. No último dia 13 de novembro, a pequena cidade missioneira vivenciou a Mostra de Teatro de Nível Secundário do IELL  – Instituto Educativo  Los Lapachos, no Centro Cultural Municipal.

Na ocasião, turmas do terceiro ano apresentaram “Antígona Vélez”, obra do autor argentino Leopoldo Marechal. Marechal transfere o mito clássico de Antígona à pampa argentina. Nesta versão, os estudantes dão vida a uma história que aborda o confronto entre a lei e a consciência, o dever e o amor, a tradição e a liberdade. Através de suas personagens, a peça convida à reflexão sobre os valores universais que seguem ressoando em nosso tempo presente.

Estudantes de Puerto Esperanza, apresentaram duas versões de Leopoldo Marechal do clássico de Sófocles.

Objetivo é aguçar subjetividade

As apresentações da peça fazem parte dos conteúdos do currículo de Educação Artística – Linguagem Teatral, e se desenvolvem como um projeto institucional que se realiza anualmente. Para isto, o Centro Cultural colabora cedendo o espaço durante um período destinado a ensaios e a apresentação final do espetáculo.

A coordenação e direção desse esforço pedagógico, permitindo a vivência artística e coletiva aos jovens, fica a cargo da professora Leticia Ferreyra, que guia a cada ano o processo criativo e formativo dos estudantes envolvidos no projeto de Puerto Esperanza.

Letícia explica que “A apresentação é parte do projeto de introdução à linguagem cênica, estimulando a arte, dentro da formação integral dos estudantes de nivel secundário”.

“O trabalho teatral permite aos jovens explorar a literatura a partir da atuação teatral, compreender a dimensão simbólica do texto e desenvolver habilidades expressivas, comunicativas e colaborativas. O teatro, neste sentido, converte-se em um espaço educativo onde a arte se une ao aprendizado, à importância do trabalho coletivo e ao pensamento crítico”, complementa a educadora.

Guatá / com informações de Leti Ferreyra