“Teu idioma é a casa de tua alma, nela vivem seus pais e seus avós. Nessa casa milenar, lugar de tuas recordações, permanece tua palavra”. (Jorge Miguel Cocom Pech, escritor maia).
Desde o ano 2000, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco, celebra o dia a 21 de fevereiro como a data Internacional da Língua Materna, com o intuito de promover a diversidade linguística e cultural. A comemoração se origina em acontecimentos sociais ocorridos em Bangladesh, no mesmo dia do mês de fevereiro, quarenta e oito anos antes, em 1952. Naquele dia, um grupo reivindicava que a sua língua materna, o bangla, fosse reconhecida como língua oficial pela estado paquistanês. A polícia e o exército, no entanto, abriram fogo contra a manifestação, matando quatro pessoas. A importância de se preservar a variedade de línguas, está diretamente ligada à diversidade cultural e à riqueza de vivências contidas nisso. Com a globalização e a aproximação de culturas hegemônicas, muito dessa diversidade está ameaçada. Segundo a Unesco, dos mais de 6 mil idiomas existentes na Terra, aproximadamente 2,5 mil correm risco de desaparecer. Junto com eles, uma imensúravel sabedoria de transmissão oral, também.
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