.
“Minha amiga Ana”, jogo desenvolvido pela UEL, Instituto Promundo, Nottingham-Trent University e a University of Huddersfield (Divulgação)
. A prática de mandar mensagens por meio de aplicativos ou interagir por redes sociais já é algo comum no Brasil e está cada vez mais presente na vida de crianças e adolescentes. Mas, quando não há o devido cuidado, os jovens podem colocar em risco sua privacidade. É isso que tenta mostrar o jogo “Minha amiga Ana”. .
. Huddersfield foi a universidade que liderou e submeteu o projeto para financiamento do End Violence Fund, da Unicef. O grupo do Promundo fez encontros focais com jovens, em Brasília e Rio de Janeiro, para coletar informações para criar o enredo do jogo. A intenção era criar “uma narrativa que fosse próxima da realidade de jovens, que eles pudessem se identificar, assim como linguagem, cenário, aparência física dos personagens”, explica Alex Gallo. . Com as informações coletadas, o próximo passo era a criação do jogo. Designers de jogos de Huddersfield e da Nottingham-Trent começaram a desenhar cenários do game e fazer a sua programação. . A UEL ficou responsável pelo randomized control trial (estudo clínico randomizado controlado, em português) do jogo, ou seja, avaliação do jogo, explica o coordenador. A etapa consiste em acompanhar a testagem do jogo e analisar os dados obtidos. Neste caso, “ver se o jogo é suficiente para produzir empatia e ensinar comportamentos de segurança em ambiente virtual”, comenta o coordenador. .
. Mais de 300 jovens testaram o jogo durante uma semana. O jogo, dividido em 5 capítulos, foi testado no Colégio de Aplicação da UEL. Os estudantes jogaram apenas um capítulo por dia, para não atrapalhar as demais atividades escolares. Apesar de ainda não haver uma data para divulgação dos dados, o professor afirma que, assim que finalizado, o jogo será disponibilizado para o Windows e para versão Android. . Mas, uma informação ele antecipa: “a literatura mostra que meninos tendem a exigir sexts enquanto as meninas acabam sendo as vítimas, mas os dados preliminares mostraram que não houve essa diferença entre os gêneros”.
Assine as notícias da Guatá e receba atualizações diárias.