Seu Francisco começou a trabalhar no primeiro dia em que se abriu o canteiro de obras da usina de Itaipu. Aqui parte das carteiras de trabalho que já preencheu. (Montagem a partir de arquivo pessoal)
Estava lendo com meu pai, o Seu Francisco, ontem à noite, uma bela história do Jornal Eletrônico de Itaipu (JIE), sobre os 40 anos da usina de Itaipu. Ele, geralmente, muito calado, alucinado por trabalho e fiel a disciplina, contou algumas histórias, extremamente humanas.
Depois de ser motivado pela reportagem e por umas latinhas de cerveja – a noite estava muito quente-, começou a sorrir como uma criança e contar fatos do primeiro dia da construção da usina.
Tempo em que família ainda estava lá no Ceará e ele tinha sonho de voltar para Nordeste, cuidar dos pais, plantar alface na caatinga…
O tempo correu e o mundo nos apresentou outro desenho. A mainha partiu e atualmente ele disse que vai “passar uns dias com os filhos aqui na fronteira”. Mesmo aposentado e já ter rodado Brasil antes e depois da Itaipu, em diversas frentes de grandes obras, ele quer voltar a trabalhar.
Este é o meu pai, o pai do Carlos, pai da Makariana. Seu Francisco é mais um daqueles anônimos brasileiros que viveram histórias que até Deus duvida e ele nunca vai contar.
– Pai – pain – eu te amo! Espero que minha filha hoje com 2 anos tenha o mesmo orgulho que eu tenho do Senhor.
Observação: Seu Francisco começou a trabalhar no primeiro dia em que se abriu o canteiro de obras da usina de Itaipu.
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