Lançado em Foz do Iguaçu durante a Primavera Universitária, evento que está em curso na Unioeste, o livro “Transletramentos e tecnologia digital: o ensino da língua portuguesa para além da sala de aula” discute o uso da tecnologia digital no ensino formal. O livro escrito por Adriane Elisa Glasser foi publicado pela Atena Editora e traz estudos feitos a partir de uma experiência vivida pela autora em escola pública.
O obra está disponível para ser baixado gratuitamente. Acesse, aqui.
A autora – Adriane Elisa Glasser é Doutora em Letras pela Unioeste, onde é professora colaboradora do curso de Letras no campus de Foz do Iguaçu. Atua no ensino de Leitura, escrita, oralidade e gramática de Língua Portuguesa. É professora efetiva de Língua Portuguesa da rede pública do Paraná, atuando na Educação Básica. Também é autora de ” Leitura e fronteira: a formação do leitor em cenário intercultural”, editado pela Appris.
“Pensar na sociedade contemporânea e efêmera na qual vivemos, faz-me perceber a necessidade de olhar para a escola por uma perspectiva diferente, uma perspectiva que a insere neste movimento constante de mudanças e que coloca para alunos e professores a exigência de buscar novas formas de aprender e ensinar. Desse modo, a obra que se apresenta vem dessa incansável busca pela mudança, por acompanhar as transformações propostas pelos tempos atuais.
Contextualizando, a pesquisa que originou essa obra ocorreu em uma escola, pouco antes da pandemia da Covid-19, em 2019, momento no qual o uso do celular ou outras Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) era quase nulo, e, muitas vezes, gerava conflitos entre professores e alunos. Enquanto o celular estava presente em quase todos os contextos sociais, na escola ainda era necessário desligá-lo e apenas o quadro e giz se faziam presentes. Foi, então, que propus um estudo voltado a essa tentativa de inserir as TDICs na escola, tornando-a uma ferramenta mediadora do processo de aprendência. É importante lembrar que não foi uma prática inédita, posto que vários outros trabalhos em diferentes lugares do Brasil e do mundo já eram realizados com esse mesmo objetivo, porém, o diferencial era justamente trazer isso a um contexto específico, e ter essa necessidade de mudança percebida pelos próprios alunos, pois foram eles que propuseram um trabalho para discutir o uso dos celulares em sala de aula.
Partindo, assim, de um longo processo reflexivo, incluindo debates e pesquisas, de forma colaborativa, desenvolvemos um estudo voltado à promoção de eventos de transletramentos nos quais os sentidos seriam produzidos através de textos multissemióticos, mediados pelas TDICs. Especificamente, os alunos criaram uma campanha para conscientizar colegas e professores da importância de usar o celular de forma consciente em sala de aula. Para tal realizaram pesquisas, criaram blogs, haicais, haigas e foto-haicais.
Além disso, esse estudo buscou mostrar que as TDICs não devem ocupar o centro do processo de aprendência, mas são importantes ferramentas mediadoras das relações do sujeito com a sociedade, permitindo que o aprendizado vá além dos muros da escola, promovendo sua formação crítica e cidadã.” (Reproduzido da página Atena Editora)
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