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. Diego Maradona nos serviu muitas pinturas naquele certame. Duas delas, no jogo contra a Inglaterra – país que poucos anos antes, tinha humilhado a Argentina na Guerra das Malvinas. “El pibe”, como que numa revanche muito pessoal, bombardeou os súditos da rainha. Fez um golaço, dentro das regras do esporte bretão. Em um outro, no entanto, não foi muito convencional. Antecipou-se no ar ao goleiro inglês, e ganhou um combate de mãos que o juiz não viu. Depois da vitória, Maradona explicou o gol como ato de transgressão divino numa espécie de justiça tardia, lavando a alma de seu povo.. “Esto fué la mano de Diós”.
. Alguns anos depois, o escritor uruguaio Mario Benedetti, homenageou o craque argentino, um dos mais geniais que o futebol já vivenciou:
Hoy tu tiempo es real, nadie lo inventa. Y aunque otros olviden tus festejos, las noches sin amor quedaron lejos y lejos el pesar que desalienta. Tu edad de otras edades se alimenta, no importa lo que digan los espejos, tus ojos todavía no están viejos y miran sin mirar más de la cuenta. Tu esperanza ya sabe su tamaño y es por eso que no habrá quién la destruya. Ya no te sentirás sólo ni extraño. Vida tuya tendrás, y muerte tuya. Ha pasado otro año y otro año le has ganado a tus sombras ¡Aleluya!
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