Uma vez, Doña Tota, mãe de Dieguito, contou como havia sido aquele dia em que teve de parir el pibe. Entre os detalhes, o de ter dançado toda a noite de sábado, 29. Como diz o site “La tinta”, o resto é contado por Eduardo Galeano. “Un pequeño mito sobre el origen del mito”.
“Al amanecer, doña Tota llegó a un hospital de Lanús. Traía un niño en la barriga. En el umbral, encontró una estrella, en forma de prendedor.
La estrella brillaba de un lado, y del otro no. Ocurre con las estrellas, cada vez que caen en la tierra, y en la tierra se revuelcan: de un lado son de plata, y fulguran conjurando las noches del mundo; y del otro lado son de lata nomás.
Esa estrella de plata y de lata, apretada en un puño, acompañó a doña Tota en el parto. El recién nacido fue llamado Diego Maradona.”
Nenhum jogador consagrado tinha denunciado sem papas na língua os amos do negócio do futebol. Foi o esportista mais famoso e popular de todos os tempos quem rompeu barreiras na defesa dos jogadores que não eram famosos nem populares.
Esse ídolo generoso e solidário tinha sido capaz de cometer, em apenas cinco munutos os dois gols mais contraditórios de toda a história do futebol. Seus devotos o veneravam pelos dois: não apenas era digno de admiração o gol do artista, bordado pelas diabruras de suas pernas, como também, e talvez mais, o gol do ladrão, que sua mão roubou. Diego Armando Maradona foi adorado não apenas por causa de seus prodigiosos malabarismos, mas também porque era um deus sujo, pecador, o mais humano dos deuses. Qualquer um podia reconhecer nele uma síntese ambulante das fraquezas humanas: mulherengo, beberrão, comilão, malandro, mentiroso, fanfarrão, irresponsável.
Mas os deuses não se aposentam, por mais humanos que sejam.
Ele jamais conseguiu voltar para a anônima multidão de onde vinha.
A fama, que o havia salvo da miséria, tornou-o prisioneiro.
Maradona foi condenado a se achar Maradona e obrigado a ser a estrela de cada festa, o bebê de cada batismo, o morto de cada velório.
Mais devastadora que a cocaína foi a sucessoína. As análises, de urina ou de sangue, não detectam essa droga.
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