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Marta no vestiário da Seleção Brasileira na Copa do Mundo – Foto: Thais Magalhães/CBF
Quando eu comecei a jogar eu não tinha um ídolo no [futebol] feminino. Vocês não mostravam o jogo do feminino. Como eu ia ver? Como eu ia entender que eu poderia chegar à seleção, me tornar uma referência?”
. Com lágrimas nos olhos, a craque Marta, melhor jogadora de futebol de todos os tempos, falou à imprensa sobre a trajetória dela e de sua geração no futebol feminino. A entrevista coletiva, que aconteceu na véspera do jogo decisivo com a Jamaica pela Copa do Mundo de 2023, foi marcada pela emoção.
“A gente tem noção de tudo que a gente vem construindo durante a carreira inteira, mas eu não costumo focar muito na Marta, em mim. Eu costumo focar no todo. No que a gente vem fazendo, evoluindo”, disse.
Mesmo tendo atuado pouco tempo nesta Copa (foram cerca de 30 minutos, somando as partidas contra Panamá e França), a craque brasileira segue como um destaque do Mundial, e chama atenção por onde passa. Até mesmo das equipes de arbitragem.
. “Hoje a gente sai na rua e as pessoas param, os pais param e falam: ‘a minha filha te adora. Ela quer ser igual a você’. E não é só com a Marta. É com outras atletas também. Hoje a gente tem as nossas próprias referências. Isso não teria acontecido se a gente tivesse parado nos primeiros obstáculos”, complementou.
Mesmo ciente de sua importância para o futebol do Brasil e do mundo, Marta fez questão de reconhecer que não chegou lá sozinha.
“É uma persistência contínua, que não começou só comigo, mas começou com muita gente lá atrás, mas que a gente tem muito orgulho. E a gente pede muito para que a nossa geração continue a fazer isso, continue a inspirar cada vez mais meninas, meninos, não importa a idade”. .
O jogo decisivo
Sobre o jogo valendo classificação que enfrentará na manhã da quarta-feira (02), Marta disse: “Cada jogo é diferente, o favorito nem sempre ganha. Temos que respeitar o adversário, independentemente de quem está do outro lado. É 11 contra 11. Nunca vi ninguém jogar com 12 ou 13. Temos que fazer acontecer dentro de campo, para que a gente possa se sentir confortável nessa situação. Antes da bola rolar, é tudo igual. Quando rolar, temos que mostrar o nosso futebol. Isso vai depender do nosso desempenho, até então, não tem nada definido”.
O jogo entre Brasil e Jamaica começa às 7h (pelo horário de Brasília) nesta quarta-feira (2), em jogo que será transmitido ao vivo pela Globo em TV aberta, pelo canal por assinatura SporTV, pela Cazé TV (no YouTube) e pelo canal Fifa+. Nossa seleção precisa da vitória para conseguir a classificação e não depender do outro jogo da chave. As jamaicanas têm 4 pontos, assim como as francesas, que encaram o Panamá no mesmo horário. O Brasil tem 3 pontos.
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