“Martina Piazza Conde nasceu no Uruguai. Tinha 27 anos e estava no último ano do curso de Antropologia na UNILA (Universidade Federal da Integração Latino-Americana). Sempre presente em discussões sobre a igualdade de direitos entre homens e mulheres e em atividades culturais da cidade. Conhecida por muitas pessoas da cidade, se preocupava em contribuir com a Unila e retribuir de alguma forma o carinho com o qual vários grupos da cidade a recebeu. No dia 2 de Março de 2014, um domingo de carnaval, Martina se apresentou com o grupo de Maracatu, do qual era integrante, e logo depois foi vista pela última vez acompanhada por um rapaz, frequentador de alguns grupos comuns. A busca por Martina começou depois de 48 horas de seu desaparecimento e mobilizou toda a cidade. Muitas pessoas, incluindo quem não conhecia Martina, se mobilizaram nas redes sociais com a hashtag “#alguémviuMartina?”, divulgando imagens e informações sobre ela e sobre o único suspeito pelo seu desaparecimento. Quatro dias depois, encontraram o corpo de Martina sem vida no apartamento de um casal amigo que estava viajando. O crime Martina foi brutalmente assassinada através de estrangulamento, o que torna evidente a intenção de matar. Sem nenhuma possibilidade de defesa, Martina foi morta de maneira muito semelhante a muitos outros crimes cometidos contra mulheres em todo o país. As imagens gravadas pela câmera de segurança mostram que ela não tinha noção de que sua vida estaria em risco. Uma hora e meia depois, apenas o rapaz sai sozinho e apressadamente, tem as chaves do apartamento nas mãos. Ele se chama Jeferson Diego Gonçalves, tinha 31 anos na época do crime. Ele foi preso no dia 15 de março de 2014 e no mesmo dia da sua prisão ele confessou o crime, sem conseguir explicar a motivação e com a mesma frieza mórbida que entrou e saiu do apartamento onde tirou a vida de Martina.
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