Lançamento do protal do Museu da Imprensa de Foz do Iguaçu, em novembro – Foto: Roberto Lemos
O Museu da Imprensa está completando o primeiro mês de lançamento como fonte ativa para pesquisas e descobertas sobre a história de Foz do Iguaçu, fatos, reivindicações e personagens marcantes da cidade. São 20 mil páginas digitalizadas de jornais, revistas e publicações, cobrindo o período entre 1953 e 2019, para acesso gratuito, a qualquer hora e lugar.
Realizado pela Associação Guatá — Cultura em Movimento, com o apoio da Itaipu Binacional, o projeto reúne 21 publicações nesta primeira coleção, já disponível online. O Museu da Imprensa possibilita lançar uma lupa sobre o desenvolvimento do município em suas diferentes épocas, abrangendo seis décadas.
No acervo, o contexto anterior às grandes obras, como a Ponte da Amizade e a BR-277; o dia a dia dos moradores; o turismo e o comércio entre os vizinhos do Brasil, Paraguai e Argentina. O antes e depois da Itaipu. A mobilização e a construção da Ponte Tancredo Neves. A expansão da cidade nos anos 1980 e suas contradições. O auge e o declínio do “comprismo” e os fenômenos sociais exclusivamente fronteiriços, como a figura do “laranja”.
Professora e pesquisadora do campus de Foz do Iguaçu do Instituto Federal do Paraná (IFPR), Paola Stefanutti avalia o Museu da Imprensa como fundamental para a salvaguarda da memória e da história locais. Ela recorreu ao acervo no âmbito do projeto de extensão Cozinhas de Foz do Iguaçu, para identificar desde quando há registros do risoto de frango na imprensa local, com análise da relevância do prato e sua adaptação ao contexto iguaçuense.
“O acervo digital é riquíssimo, documenta o cotidiano da fronteira ao longo do tempo, incluindo seus sabores, práticas culturais e memórias alimentares, facilitando significativamente o trabalho de investigação histórica”, expõe. “O museu é uma ferramenta indispensável para pesquisas atuais e futuras sobre a alimentação e a história cultural do município”, pontua Paola.
Moderna, a tecnologia empregada no Museu da Imprensa de Foz do Iguaçu permite a pesquisa por buscadores da internet, redes sociais ou diretamente no portal. A busca tem resposta rápida, por termos, data, capa, fotografia ou leitura sugerida. É possível fazer o download em PDF, preservando o formato original e a fidelidade da fonte.
Taxista em Foz do Iguaçu, Sabrina Schuhz já faz suas descobertas, encontrando preciosidades nas páginas de jornais digitalizados. “Estou navegando e já encontrei muita coisa interessante. O mais importante é que dá para pesquisar a partir de palavra-chave. É muito legal”, considera a profissional autônoma.
Um dos objetivos do Museu da Imprensa é dialogar e fortalecer as iniciativas da comunidade que valorizam a memória e a história de Foz do Iguaçu. Nessa troca, o memorialista João Thomazi, que resgata e promove a contribuição dos trabalhadores que edificaram a usina binacional, enfatiza: “O Museu da Imprensa nos leva a entender e a conhecer nossa Foz do Iguaçu, com fontes juntas em um só lugar.”
Ele destaca o volume de documentos para consulta. “Tem um acervo espetacular que garante conhecer como foi a criação e como está indo seu desenvolvimento. São relíquias que fazem parte e enaltecem o museu”, opina.
O ex-barrageiro mantém uma página no Facebook com 15 mil membros, denominada “Itaipu Binacional: fotos da usina”, com acesso a 28 mil fotografias e reportagens relacionadas à obra. Museu da Imprensa de Foz do Iguaçu.
Acesse: www.museudaimprensafoz.com.br
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