Naná Vasconcelos – Imagem: André Seiti
A percussão é a toada da vida: as batidas do coração, os sons da natureza, os toques do corpo. Para o músico pernambucano Naná Vasconcelos, esse é a origem e o caminho da música. “O primeiro instrumento é a voz, o melhor é o corpo”, afirmava o artista. Juvenal de Holanda Vasconcelos, o Naná, era capaz de transformar o inesperado em canção, fosse por meio de um objeto ou do próprio corpo. Fez nascer um som que ninguém ousou criar – visto o grande número de premiações recebidas pelo exímio trabalho.
Confira publicação da mostra:
Seu caminho na música começou ainda na infância, observando os ensaios do pai, aprendendo a tocar os mais diferentes instrumentos de percussão. Encontrou no berimbau um parceiro especial. O instrumento típico das rodas de capoeira ganhou novos contornos ao chegar às suas mãos, explorando as possibilidades com ritmos e estilos diversos. Com Naná, chegou às orquestras, recebeu elementos do jazz, do eletrônico e de todas as referências oriundas da mente criativa do percussionista.
Naná Vasconcelos (imagem: Hans von Manteuffel / Acervo IMS)
A parceria foi um elemento fundamental da trajetória de Naná, criando, gravando e performando com grandes nomes da música, como Milton Nascimento, Egberto Gismonti, Geraldo Azevedo, Itamar Assumpção, Anelis Assumpção, Lura Criola, Paz Brandão, Badi Assad, Trilok Gurtu, Peppe Consolmagno, Don Cherry, Collin Walcott, Pat Metheny, e muitos outros.
Esse grande mestre da cultura brasileira e da música mundial é o novo homenageado do projeto Ocupação Itaú Cultural, em cartaz de 17 de julho a 27 de outubro, na sede da organização. Através de fotografias, documentos, entrevistas, objetos e instrumentos, a exposição nos convida a caminhar junto no passo ritmado de Naná e de seu inseparável berimbau.
Confira o site do programa Ocupação dedicado ao artista, ele conta com parte do conteúdo da exposição, além de vídeos e materiais exclusivos.
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