– Missão da Agência Espacial Europeia investiga origens da água e vida do planeta Terra. A jornalista Denise Paro entrevistou o astrônomo italiano Fabrizio Capaccioni, durante evento sobre “Água e Vida no Universo”, realizado em Foz do Iguaçu. (Texto transcrito do portal H2Foz) –
Imagem 1 – Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em 22 de agosto de 2014. A imagem foi feita a uma distância de 63,4 km do centro do cometa. Considera-se que dois cometas tenham colidido a baixas velocidades no início do Sistema Solar para originar essa forma peculiar.(Crédito: ESA/Rosetta/Navcam – CC BY-SA IGO 3.0).
Imagem 2 – Da região de Abidos,no lobo menor do cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko, feita em 13 de novembro de 2014.Asonda Philae pousou sobre este local no dia anterior.Pode ser visto um dos pés da sonda, provavelmente em contato com a superfície do cometa.(Crédito: ESA/Rosetta/Philae/CIVA).
Há mais de dois séculos, uma pedra de formato irregular ampliaria a concepção do mundo Ocidental sobre o antigo Egito. Com dizeres cunhados em hieróglifos, demótico e grego, a Pedra de Roseta foi considerada chave para o entendimento da civilização dos faraós. Inspirados na descoberta, feita durante uma expedição militar francesa próximo ao delta do rio Nilo, astrônomos da Agência Espacial Europeia (ESA) lançaram o desafio de desvendar peças enigmáticas do Sistema Solar a partir de uma composição de gelo e poeira: um cometa. A chamada Missão Rosetta, cujo objetivo é investigar de perto o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, foi lançada em março de 2004. No início de agosto de 2014, a sonda Rosetta ficou a menos de 200 km do núcleo do cometa, iniciando um estudo detalhado das características desse corpo celeste. Em novembro deste mesmo ano, uma sonda robótica,denominadaPhilae,destacou-se da sonda Rosetta e conseguiu o feito histórico de pousar na superfície do cometa.Atualmente, Rosettasegue orbitando o cometa, que alcançou sua máxima aproximação do Sol em agosto de 2015, a 186 milhões de quilômetros. Agora o cometa se afasta rumo a regiões mais distantes. Investigador principal do instrumento VIRTIS da sonda Rosetta, o astrônomo italiano Fabrizio Capaccioni esteve em Foz do Iguaçu, durante o II Simpósio do Comitê de Pesquisa Espacial (COSPAR), com o tema Água e Vida no Universo,realizado de 09 a 13 de novembro, e falou com a equipe do H2Foz.
O astrônomo italiano FabrizioCapaccioni, durante o II Simpósio do Comitê de Pesquisa Espacial (Foto: H2Foz)
(Denise Paro é jornalista em Foz do Iguaçu. Colaboraram Daniel Machado e Janer Vilaça. Imagens: ESA/Rosetta/Philae/CIVA)
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