Na última terça-feira (29), militantes do grupo ‘Ação pelas Prisioneiras Palestinas’ fizeram uma manifestação em frente à prisão de Damon em solidariedade às 32 prisioneiras palestinas detidas por Israel. Entre os presos há dez mulheres mães e uma menor de 18 anos.
Com cartazes e faixas, exigiram a liberdade imediata dos detidos e a remoção de barreiras físicas entre os presos e seus familiares durante as visitas à prisão.
Existem aproximadamente 4,5 mil palestinos detidos em prisões israelenses, deste total, cerca de 500 são presos administrativos – sem acusação formal ou julgamento.
Entre estes presos administrativos está o ativista de direitos humanos palestino-francês Salah Hammouri, detido desde o dia 7 de março pelas forças de segurança israelenses. Segundo relatos de familiares, oficiais israelenses invadiram a casa do ativista, em Kufr Aqab, ao norte de Jerusalém, e o prenderam violentamente. Também confiscaram vários de seus dispositivos eletrônicos.
Já no dia 9 de março, um juiz militar israelense estendeu a detenção de Hammouri, seguida de uma ordem de detenção administrativa de três meses com base em ‘provas secretas’, que contém dados que nem o acusado nem seu advogado podem ter conhecimento.
Anteriormente, Hammouri já havia passado 10 anos recluso como um preso político.
Na última segunda-feira (28), vários grupos internacionais de defesa de direitos humanos publicaram uma carta exigindo a liberdade imediata do palestino-francês. “Seu caso foi destacado no relatório histórico da Anistia Internacional demonstrando os crimes de apartheid de Israel, especificamente a prática ilegal de transferência forçada de população, deportações e engenharia demográfica”, afirmam.
A Agência de Refugiados Palestinos das Nações Unidas (Unrwa – siglas em inglês), afirma que existem 5,4 milhões de palestinos refugiados no mundo. No dia 14 de maio de 1948, o estado de Israel foi fundado e 750 mil deles tiveram que fugir de suas casas para países vizinhos ou foram expulsos pelas tropas israelenses. De lá pra cá, a política de ocupação ilegal do território palestino só se intensificou.
O dia da terra palestina remete a 30 de março de 1976, quando a população palestina da Galileia, hoje no território israelense, declarou uma greve geral para protestar contra a expropriação de suas terras. A paralisação foi uma reação ao anúncio do plano do governo israelense de expropriação de uma área de 25 000 dunans por “razões de segurança e para construção de assentamentos”. A repressão do exército israelense terminou com seis palestinos mortos na área de Al Jahil.
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