Marcha pelos direitos dos povos indígenas, em Brasília – Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados
Neste sábado (19), Dia dos Povos Indígenas, lideranças de diferentes regiões do país continuam cobrando a efetivação de direitos básicos, como a demarcação de terras e a preservação de seus modos de vida. “Estivemos em Brasília para exigir o que está na lei: o direito ao nosso território, à nossa língua e à nossa cultura”, relembra Txihi.
Além do embate jurídico, Txihi denuncia os impactos ambientais causados pela expansão do agronegócio, do garimpo e de grandes empreendimentos em áreas tradicionalmente ocupadas por indígenas. “Quando os colonizadores chegaram nesse território, nós, povos indígenas, estávamos aqui em harmonia. Não havia fome porque havia rios vivos, nossos frutos. O desafio é recuperar o jardim da vida, as florestas que foram devastadas com essa ação predatória, que vem promovendo destruição ao longo desses anos. São mais de 500 anos de luta, com o desafio de sermos reconhecido, estarmos no nosso próprio território, lutarmos por aquilo que já tínhamos quando estávamos aqui.”
Ela defende que a luta indígena também diz respeito ao futuro do planeta. “Todos devem lutar por alimentos sem agrotóxicos, pelas florestas vivas, pelos rios, porque deles dependemos. Devemos cuidar desse planeta tão lindo que é a Terra”, diz. A expectativa é que temas como justiça climática e soberania alimentar estejam no centro da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém do Pará, em novembro deste ano.
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