O longa-metragem brasileiro A Febre (2020), da diretora Maya Da-Rin, estará disponível para acesso gratuito até o dia 2 de setembro. O filme possibilita refletir sobre as fronteiras materiais e simbólicas construídas entre floresta e cidade, saberes tradicionais e ocidentais, brancos e indígenas.
E na quinta-feira, 2 de setembro, às 19 horas, o ator Lourinelson Vladmir e as professoras da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) Virginia Osorio Flores, de Cinema e Audiovisual, e Senilde Guanaes, de Antropologia, debatem A Febre no canal do YouTube do Cinelatino (), com a mediação de Angelene Lazzareti (professora de LAMC – UNILA).
Com diálogos em Português, Tukano e Tikuna, o filme é uma ficção construída a partir de experiências que a diretora vivenciou junto a comunidades indígenas no Amazonas. A narrativa é sobre a história de Justino, da etnia Desana, que deixou sua aldeia na floresta há 20 anos para morar na periferia de Manaus com sua filha e trabalhar como segurança no porto. Quando ela recebe a notícia de que foi aprovada no curso de Medicina na Universidade de Brasília (UnB), pai e filha entram no processo de assimilar a separação e Justino começa a ter uma febre que os tratamentos da medicina ocidental não conseguem curar.
A Febre, filme que foi escolhido para representar o Brasil na 36ª edição dos Prêmios Goya, esteve em mais de 60 festivais nacionais e internacionais e foi premiado em mais de 30 deles. Teve sua estreia no 72º Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça, onde ganhou os prêmios da Federação Internacional de Críticos de Cinema (FIPRESCI), o Environment is Quality of Life e o Leopardo de Ouro de melhor ator para Regis Myrupu (Justino), que também recebeu o prêmio de melhor ator no Festival de Brasília, transformando-se no primeiro indígena a ser premiado em ambos os festivais.
Inscreva-se no site do Cinelatino para receber o link do filme.
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