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O ponto final, um texto de Richard de Souza
O ponto final, um texto de Richard de Souza
16 de fevereiro de 2023
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Texto publicado na revista Escrita 26
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Ele nos chama. E nós vamos.
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Os hábitos arraigados nos levam a isso. Não há advertência que nos faça pensar em outras maneiras.
Quão pobre é o ser humano na compreensão das possibilidades…
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Falta-nos a simplicidade das outras espécies: manter a sobrevivência e a evolução do grupo garante as chances do individuo. Não o contrário.
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Uma vez aprendi que “economia é a ciência da escassez”. Algo assim.
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Mas o que são recursos escassos? Do que precisamos realmente?
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Ainda bem que um bicho não precisa pensar nestes grandiosos temas. Ele só vive. Ou morre.
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Nós humanos, ao contrário, nos colocamos tantos dilemas e necessidades que a vida parece passar assim, num vapt-vupt.
Como se sempre faltasse tempo ou alguma outra coisa.
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Está na hora da ciência das escolhas. O que inclui pensar. Preciso antes do quero.
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Veríamos que muita coisa não nos são de utilidade alguma. Ou que poderiam esperar um pouco mais, ficando guardadas em nossa ilimitada “caixa de desejos”.
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E, também, que muitos atos simples, hoje encarados como verdadeiros sacrifícios, seriam realizados com uma normalidade absurda.
Como, por exemplo, separar devidamente nosso lixo caseiro. Nos toma tempo, mas não é tanto assim.
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Ou, que precisamos de grana, claro, porém não para gastar em tanta besteira como fazemos hoje, onde não sabemos mais o que é “primeira necessidade”. Será que um “NIKE” é?
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Coisas simples, como se pode ver, mas que na vida atual se perderam frente aos desejos que nos forma incutidos, com extrema competência, pelo “sistema” – uso esta palavra fria porque não me ocorre outra – de forma gradual bem estudada e adaptada a cada momento e situação.
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Tiro o chapéu para os caras.
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Afinal, hoje o rock e o jeans não simbolizam mais o protesto.
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E virar o “espírito” com que as coisas nascem ao avesso é um feito brilhante.
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Todavia, isto é normal. O que não é normal é aceitarmos tudo do jeito que vem.
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Somos humanos, lembram-se?… Podemos pensar, discernir.
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Isto é o que falta. Aí poderemos nos afastar do tão falado “apocalipse”. Tanto o do nosso planeta, como também daquele nosso – o individual.
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Simples mudanças no nosso comportamento, na nossa ética e nas nossas ações fazem muito mais do que as receitas milagrosas contidas nestes milhares de livros e filmes de autoajuda.
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Afinal, como pode cada um continuar pensando em si mesmo, em melhorar sua qualidade de vida e em encontrar sua felicidade, caminho que pressupõe que o individuo é uma ilha dentro da humanidade, sem interligações?
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Volto ao que disse no início: num aspecto devemos agir como os outros animais (e plantas por que não). Lutar para garantir o progresso de nossa espécie como um todo.
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Claro que aproveitando os recursos extras que temos em relação aos outros seres vivos, como o uso potencializado da inteligência e do modo de pensar abstrato com os quais a evolução nos dotou.
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Aí, sim, deixaremos de ser um Homo Sapiens de 3ª categoria.
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Richard de Souza, brasileiro, é dekassegui trabalhando como operário em Osaka, no Japão. O texto acima foi publicado na Escrita 26
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