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Da esquerda, Alexandre Bogler, Stenio Fornari, Valentina e Maria Carolina Rocha Virginio, Ana Júlia Dias em montagem da peça “Os Saltimbancos”, na década de 2000 – Foto: acervo pessoal
· “Me perguntam qual é minha relação com o teatro Barracão e a resposta é sempre a mesma: de amor porque esse lugar é minha casa.
Nasci aqui dentro, eu e o teatro temos praticamente a mesma idade. Porque o teatro nasceu em 92 e eu em 93. E foi aqui que vivi e vivo as melhores aventuras. Foi aqui que descobri meu maior talento, o de ser atriz. Fiz amigos e os maiores espetáculos da minha vida.
Aprendi a sonhar e acreditar em mim mesma e fortalecer o vínculo com a minha família. Porque pude ver a luta da minha família para manter esse lugar vivo e em pé. Vejo também minha mãe e meu pai como protetores deste lugar; lugar especial para mim e para minha família. Vejo meu pai dizer que ele plantou cada árvore que existe no teatro.
Fazer parte e lutar por este espaço é uma luta por resistência. Eu já vi gente dizendo que teatro em Foz não existe ou “que não tem teatro aqui”. Tem sim, só que o poder público não tá nem aí, mas nós continuaremos lutando por esse lugar mágico e lutando pela arte.
Só tenho a agradecer este espaço, este lugar. Pois eu amo minha casa, amo o Teatro Barracão. E que venha mais 29 anos (*). Enquanto eu tiver forças, irei lutando por ele. Ele faz parte de mim desde sempre. Passo mais tempo no teatro que na minha outra casa.
Teatro da minha vida, que venha mais 29 anos e que estejamos juntos!”
Maria Carolina Rocha Virginio – 26 de setembro de 2021
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