“Onde tem onça, tem vida.
Tudo o que a onça quer é ser onça: caçar suas presas, ter seus filhotes, viver em paz em seu ambiente.
Não são más…não são cruéis. São carnívoros, que caçam para sobreviver.
Quando o ser humano passa a oferecer comida para atrair esses animais (não importa o motivo), isso altera o equilíbrio da relação entre pessoas e onças.
Quando se tenta “domesticar” uma onça na natureza, nós roubamos dela seu direito mais sagrado: ser ela mesma.
Uma onça que vive na natureza e é acostumada com “ceva”, na verdade vive em cativeiro…com cercas invisíveis, que a tornam dependente do ser humano, que alteram seu comportamento de caça e que colocam as próprias onças e as pessoas em risco.
Deixemos as onças serem onças!
Respeitando sua natureza selvagem, garantimos que esses olhos dourados sigam brilhando nas matas sem representar riscos para as pessoas.
– Deixe a onça traçar seus caminhos na mata, sem cercas invisíveis.
– Mantenha distância segura e admire seu esplendor à distância.
Sempre que possível, as onças fogem do contato humano. Somos que criamos o perigo quando nos aproximamos demais.
A onça-pintada não vê o ser humano como presa — para ela, somos apenas “gigantes desajeitados” que invadem seu lar. Na natureza, seu instinto caçador se volta para capivaras, veados e porcos-do-mato, jamais para nós.
Que nossas atitudes possam refletir nosso respeito, e não nossa ignorância, e que as onças possam viver em paz em seu ambiente.”
Yara Barros, @oncasdoiguacu
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