A brasileira Fernanda Yara, ouro no atletismo da Paralímpiadas de Paris – © Foto Marcello Zambrana/CPB
Os Jogos Paralímpicos de Paris começaram na quarta-feira passada (28) e seguem até o dia 8 de setembro, com 22 modalidades esportivas. A delegação brasileira está fazendo ótimo papel, conquistando várias medalhas já nos primeiros dias. Mas, como assistir aos jogos? As competições, assim como as festas que iniciaram e encerram os Jogos, serão transmitidas pelo canal do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) no YouTube, com acesso gratuito. Haverá ainda transmissão pelo canal Sportv2, também com as cerimônias de abertura e encerramento, além de natação, goalball, basquete em cadeira de rodas, atletismo, futebol de cegos, ciclismo, judô e vôlei sentado.
Nesta edição, a delegação brasileira é composta por 255 atletas com deficiência, 19 atletas-guia, três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo, totalizando 280 pessoas – a segunda maior do mundo. Do total,117 competidoras pelo Brasil são mulheres, formando também a maior participação feminina na história do país. Na edição passada, em Tóquio, o Brasil conquistou 72 medalhas: 22 de ouro, 20 de prata, 30 de bronze, terminando em sétimo no quadro de medalhas.
Alavancado pelos bons resultados do atletismo e da natação, o Brasil terminou o terceiro dia de competições em terceiro lugar no quadro de medalhas, com 23 pódios, sendo oito medalhas de ouro, três de prata e doze de bronze. Apenas China e Grã Bretanha estão à frente.
O currículo do atletismo mostra que o esporte é o que mais trouxe medalhas para o Brasil na história dos Jogos Paralímpicos. Neste sábado (31), os atletas da modalidade fizeram jus à fama e, de uma tacada só, acrescentaram mais cinco a essa conta, chegando a um total de 180.
Fernanda Yara, de 38 anos, tem uma trajetória peculiar dentro dos Jogos Paralímpicos. Esta é a terceira participação dela na carreira, porém com um longo hiato de 13 anos entre e a primeira e a segunda – Pequim 2008 e Tóquio, em 2021. Ela vem de um bicampeonato mundial nesta mesma prova, na mesma Paris, em 2023 e em Kobe, no Japão, neste ano.
Fernanda tem uma má-formação congênita no braço esquerdo, logo abaixo do cotovelo. Já Maria Clara, que tem uma deficiência muito semelhante, tem apenas 20 anos e participa dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez. Tanto Fernanda quanto Maria Clara conquistaram um inédito pódio paralímpico.
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