.
Com uma rica obra poética, de prosa experimental, tradução e ensaios, Paulo Leminski se consolidou como um dos nomes mais importantes e vibrantes da literatura brasileira. O escritor, que completaria 78 anos no dia 24 de agosto, experimentou diversas linguagens artísticas – e se destacou também na área musical. Com mais de 100 canções, ele teve suas composições gravadas por nomes como Caetano Veloso, Itamar Assumpção, Ney Matogrosso, Paulinho Boca de Cantor e Moraes Moreira. Em 2015, sua filha Estrela Leminski compilou as canções do pai em um songbook com partituras e cifras que podem ser baixadas de modo gratuito.
“Se este songbook fosse feito nos anos 1980, não haveria a necessidade de qualquer justificativa para ele. Neste período, em meio a um ritmo frenético de produção musical, Paulo Leminski foi gravado, comentado e procurado por vários nomes fundamentais da época. Se você fosse um jovem nessa década, em plena inflação galopante, talvez fosse bem mais fácil conhecer sua obra pelas ondas do rádio e especiais da TV do que pelos livros. E, de fato, muita gente o conheceu assim”, conta Estrela na introdução do songbook.
Conhecido por uma postura quase punk de do-it-yourself, o autor é um dos baluartes da contracultura brasileira, fazendo a sua arte do seu jeito e com a sua verdade. Em 2013, carreira de Leminski ganhou um novo renascimento com a cultuada coletânea “Toda Poesia”, best-seller com as obras poéticas completas, que apresentou o autor para toda uma nova leva de leitores.
Neste ano, seu trabalho ganha novas edições em todo o mundo com publicações na Itália, Espanha, Argentina e Estados Unidos. Para os fãs brasileiros, um sarau de celebração ao poeta acontece em sua cidade natal de Curitiba, no dia de seu aniversário, no Wonka Bar e a exposição Múltiplo Leminski (faça uma visita online, aqui) abre em outubro em Porto Alegre, no Centro Cultural da UFRGS.
Assine as notícias da Guatá e receba atualizações diárias.