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Ponta Grossa e Guarapuava recebem Balé Teatro Guaíra com “V.I.C.A.” e “Piá” – Foto: Maringas Maciel
. O Balé Teatro Guaíra será protagonista de um grande movimento de democratização das artes no mês de maio. Para quem nunca acompanhou um espetáculo do grupo, esta é a chance de assistir a duas coreografias do repertório, em diversas cidades do Paraná: “Piá”, de Alex Soares e “V.I.C.A.”, de Liliane de Grammont”. As apresentações integram a programação da 14ª Mostra Paranaense de Dança. .
“V.I.C.A.” – significa Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade – Foto: Maringas Maciel
. “Para os jovens bailarinos, escolas e academias de dança, o retorno da Mostra Paranaense de Dança, que reúne as mais diversas linguagens da dança, em formato presencial, é a grande notícia”, comemora Simone Bönisch, coordenadora da Associação Brasileira de Apoiadores Beneméritos do Teatro Guaíra (ABABTG), entidade que organiza o evento. . A Mostra tem apoio da Secretaria de Estado da Cultura e do Centro Cultural Teatro Guaíra. A última edição presencial foi em 2019, e, em 2021 houve um evento em formato online. “As seletivas para a Mostra Paranaense de Dança 2023 acontecem no formato de espetáculos a serem prestigiados pelo público, com a presença de uma banca de avaliadores, que vai selecionar os trabalhos que farão parte da mostra final, que para a maioria dos bailarinos é a realização de um sonho”, destaca Simone. . O gran finale desta edição será nos dias 9 a 11 de junho, quando os selecionados são convidados ao palco do Guairão. . “V.I.C.A” – O acrônimo que dá título à peça do Balé Teatro Guaíra – “V.I.C.A.” – significa Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade, características do mundo pós-moderno e exacerbadas com a pandemia de Covid-19. . “V.I.C.A.” nos faz questionar o que queremos daqui para frente e nos propõe refletir sobre a humanidade no tempo presente. Em meio a um mundo confuso, saído de uma pandemia, a coreógrafa Lili de Grammont e o Balé Teatro Guaíra nos revelam que a Arte pode ser uma estratégia porque nos conecta de uma maneira única. . “PIÁ” – Um dos traços que mais define o brasileiro é a mestiçagem. Brasileiros podem ter qualquer aparência, podem pertencer a qualquer etnia e, com frequência, são confundidos com outras nacionalidades quando estão no Exterior. . “Piá”, por definição são os filhos de etnia indígena ou mestiços de brancos com índios, mas só em Curitiba as pessoas chamam-se carinhosamente, umas às outras, de “piá”. Nenhuma outra cidade do Brasil adotou o termo, que não se trata de uma gíria. . De origem tupi-guarani, “piá” era a forma utilizada pelas mães indígenas para chamar carinhosamente seus filhos e filhas e significa “coração”. “Piá”, de Alex Soares abre caminhos para a percepção de uma identidade mestiça carregada de afeto, no melhor sentido do tão sonhado Brasil, que se une e se define a partir das diferenças. . Serviço: Espetáculo com as coreografias “V.I.C.A.” e “Piá”, com o Balé Teatro Guaíra
Ponta Grossa 5 de maio, às 20h, no Cine Teatro Ópera (R. Quinze de Novembro, 468) Entrada franca – convites antecipados a partir das 19h
Guarapuava 7 de maio, às 18h, no Teatro Municipal Marina Karam Primak (R. Padre Chagas, 3.151) Entrada franca – convites antecipados a partir das 17h
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