.
Publicação apresenta a rica diversidade presente na unidade de conservação – Foto: Reprodução Onças do Iguaçu
Moradores e proprietários de áreas na região lindeira ao Parque Nacional do Iguaçu (PNI) são atores preponderantes para o sucesso do Projeto Onças do Iguaçu, de conservação do maior felino das Américas. Para dar um retorno a essas comunidades parceiras, o programa lança o livro “Bichos do Parque Nacional do Iguaçu: a vida no seu quintal”.
Após ser adiado por causa das chuvas, o lançamento aconteceu no mês de abril, no Rancho Jaguareté, em São Miguel do Iguaçu (PR). A publicação reúne animais do Parque Iguaçu, registrados em armadilhas fotográficas, e pretende contribuir para aumentar a conexão entre os moradores e o parque.
“Esses proprietários permitem o acesso da nossa equipe às suas áreas e apoiam a pesquisa e conservação das onças”, explica Yara Barros, bióloga e coordenadora-executiva do Projeto Onças do Iguaçu. O livro, completa, foi elaborado em parceria com o Proyecto Yaguareté (Argentina) e a WWF Brasil.
Yara Barros foi ouvida pelo programa radiofônico Marco Zero sobre a ação e seus desdobramentos. Ela explicou que a publicação do livro nasceu da vontade do projeto de dar um retorno para os moradores lindeiros ao Parque Nacional do Iguaçu, que permitem o acesso da equipe às suas propriedades e apoiam a pesquisa e conservação das onças.
O Marco Zero é um programa conjunto produzido pelo H2FOZ e Rádio Clube FM. Entrevista, opinião, enquete, entretenimento, esporte, cultura e agenda. Todo sábado, das 10h às 12h. Participe do grupo no Whatsapp para receber as novidades.
O Rancho Jaguareté, é emblemático. Os proprietários, Marcos e Suzi, são parceiros nas ações de conservação desde 2018, quando uma onça-parda predou três novilhas deles. O casal recebeu orientação e, dessa relação, surgiu a ação Onça Compensa, uma estratégia para envolver a comunidade.
A ideia é identificar oportunidades e desenvolver produtos e serviços em que a parceria e o conceito de proteção da onça-pintada na região agreguem valor, acrescendo ou gerando renda para as famílias. “O Marcos e a Suzi produziam queijo, que era vendido localmente. Nomeamos o produto de ‘Queijo da Onça’ e ajudamos com mais compradores”, conta Yara.
O queijo foi um sucesso. E, com ele, outros produtos na produção familiar, como pão, cuca, salame e queijos saborizados. O produtor se transformou no “Marcos da Onça” e ganhou renome na comunidade por divulgar sua história em entrevistas à imprensa regional. Já o rancho foi reformado e transformado para atender ciclistas e visitantes do entorno do Parque Nacional do Iguaçu.
Assine as notícias da Guatá e receba atualizações diárias.